sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pequenos detalhes fazem grande diferença

Quem nunca teve de realizar tarefas rotineiras no âmbito profissional e sentiu preguiça ou desmotivação? Independentemente da área em que atua, a maioria dos profissionais precisa fazer trabalhos rotineiros como preencher relatórios, requisições, etc. No entanto, eles detestam essas atividades que parecem sem importância, pois as acham desnecessárias. E com o passar do tempo, elas deixam de ser prioridade. Entretanto, essas tarefas, muitas vezes pequenas e simples, podem ser fundamentais para concluir todo o processo de seu trabalho. Portanto, devem ser levadas a sério e receber a mesma dedicação das atividades maiores.

Mas como realizar essas tarefas com qualidade sem deixar que isso prejudique sua disposição para o trabalho? De acordo com a psicóloga e consultora Marisa da Silva da Career Center, uma maneira de mudar essa mentalidade é encarar a atividade como algo necessário e que tem importância dentro da organização. “Questione se a tarefa é mesmo relevante e o que pode ser melhorado. Na nossa vida cotidiana, nos deparamos com várias rotinas, e é preciso realizá-las. A atividade deve ser vista como um desafio a ser transposto”, explica.

Dedicação e determinação

Além de encarar o fato de que a tarefa deve ser realizada, o profissional também precisa executá-la com destreza. De nada adianta fazê-la de qualquer jeito, com o famoso “fiz porque tinha de fazer”.

Para o head trainer especializado em Psicologia Comportamental, Édio Kessler, é possível impor dedicação e determinação às rotinas. Ele cita o exemplo das aeromoças: “Elas realizam com precisão, em cada decolagem, as demonstrações sobre os primeiros socorros em caso de emergência. Imagine quantas vezes fazem a mesma coisa? É tão simples, mas sempre fazem com a mesma exatidão. Isso se chama consciência da importância”, conta. Kessler explica que o trabalho de criação dessa consciência também depende do líder e da própria empresa. “A organização precisa investir em treinamento e expandir a visão das pessoas. Tudo o que é feito com precisão ocorre porque existe a percepção de importância da tarefa”, diz.

De acordo com a consultora Marisa, se o profissional entender que a tarefa é parte de uma rotina em que existem outras coisas interessantes para realizar, tudo fica mais fácil. “Nosso trabalho deve ser idealmente composto de 70% de atividades prazerosas e 30% das consideradas ‘chatas’. Se o contrário estiver acontecendo, o profissional deve rever sua atuação e seus interesses. Ele pode exercer uma ocupação para a qual não tem habilidade, interesse ou motivação. Nesse caso, é necessário fazer uma reflexão e identificar outra atividade na qual teria o mínimo de sensação de tédio”, comenta.

Sua carreira depende muito de você

Caso você esteja desmotivado com algumas tarefas no trabalho e ache que a maneira como as realiza não lhe trará conseqüências, mude agora mesmo seu pensamento. Não fazer ou entregar trabalhos sem qualidade só traz a antipatia do líder em relação ao colaborador. Segundo Silvio Celestino, diretor da Enlevo – empresa de treinamento para líderes –, o que nós vendemos uns aos outros é nossa credibilidade. “Se você não é capaz de fazer uma atividade rotineira, coloca em dúvida sua capacidade de realizar trabalhos mais complexos, sua persistência e condição de manter qualidade em tudo o que faz”, explica.

Para ele, cada atividade deve ser feita com muita atenção aos detalhes. Um erro pode significar perdas importantes para a empresa em termos de imagem, lucratividade e até mesmo implica aumento de custos. “Lembre-se de que em todos os níveis há tarefas de rotina, e se você não demonstra capacidade de lidar com elas nos níveis mais baixos, como irá demonstrar que é capaz de fazê-lo ao assumir uma posição mais elevada?” relata. Pense nisso!
 
Fonte: E-Motiva.

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