Algumas empresas investem em tecnologia e se esquecem de aplicar recursos na capacitação de seus colaboradores. Esse é um dos maiores erros – se podemos chamar assim – da maioria delas, pois ignoram que seu maior diferencial competitivo é o capital humano.
Os problemas já começam na hora da contratação. Várias organizações não possuem critérios claros e, muitas vezes, compram “gato por lebre” por não haver definição objetiva de perfis de cargos a serem preenchidos.
Diversas empresas crescem de forma desestruturada, causando anomalias organizacionais, e normalmente pagam um preço alto por isso, pois não possuem planejamento de estrutura de cargos, efetivo adequado de profissionais por área e tampouco definição dos níveis de autoridade e responsabilidade por função. Pagam muito para quem traz poucos resultados e pouco para os que fazem a diferença por não terem uma política salarial direcionada, causando assim uma insatisfação na empresa.
Os profissionais passam o sentimento de estarem na organização por falta de opção – e não por opção – não havendo comprometimento deles com os resultados da companhia.
Outro erro muito cometido é a empresa não definir metas por função ou cargo e indicadores de performance. Isso faz com que o profissional fique desorientado, sem saber qual caminho traçar para suas atividades e como realmente pode agregar valor à organização.
Temos empresas que, de alguma maneira, preocupam-se em capacitar seus profissionais. Elas investem em treinamento e desenvolvimento, mas cometem um erro gravíssimo: não traçam, para os programas de treinamento, objetivos claros e resultados esperados, causando a impressão de estarem jogando dinheiro fora.
É comum empresas não conseguirem reter colaboradores com desempenho diferenciado e os perderem para a concorrência ou empresa vizinha por não terem plano de carreira eficaz. Líderes não conduzem suas equipes para os objetivos organizacionais por não estarem capacitados para isso nem realizarem seu principal papel de desenvolver pessoas.
Esses problemas se tornam um círculo vicioso e colocam a longevidade das empresas em risco. Todos os fatores mencionados acima ocorrem por problemas de não haver políticas e processos de recursos humanos bem definidos e, assim, surge a necessidade empresarial de ter profissionais competentes, atualizados e bem preparados nessa área.
No entanto, muitos ainda são vistos como administrador de rotinas, importantes pela relação de confiança, resistentes a mudanças, poucos flexíveis, inseguros, acomodados e visão focada em redução de custos.
Os profissionais de RH que têm obtido sucesso nos seus resultados na organização são aqueles que sabem pensar e atuar estrategicamente, que possuem pleno conhecimento do negócio da empresa, exercem a função de consultor interno, são éticos, verdadeiros parceiros de seus clientes internos, estabelecem metas e objetivos, buscam alinhar os objetivos organizacionais com os pessoais dos colaboradores, medem resultados e sabem aprender a aprender.
Afinal, o importante é saber que trem está na estação. E, se não pegá-lo, talvez não consiga alcançá-lo nunca mais.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
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