Segundo uma pesquisa do Instituto de Ciência e Tecnologia de Manchester, os executivos brasileiros estão entre os mais insatisfeitos em todo o mundo com o trabalho. A pesquisa foi realizada em 24 países, com 700 administradores, todos eles respondendo a questionários sobre o nível de satisfação e sobre sintomas de problemas físicos e psicológicos causados pelo estilo de trabalho.
No ranking de Saúde mental, o Brasil aparece em 17.o lugar. No de satisfação no trabalho, 14.o e em saúde física, 18.o. Sintomas de esgotamento, dores de estômago e insônia; ansiedade, insegurança e irritação são os fatores físicos e psicológicos mais diagnosticados e que estão prejudicando o desempenho profissional, assim como as relações familiares.
Nosso estilo de vida não está lá um dos melhores. Demasiadas pressões e cobranças nos cercam a todo o momento. A competitividade do mercado de trabalho, a sobrecarga de tarefas, a preocupação com segurança e com o desemprego, nos tornam distressados demais, causando-nos uma sensação de permanente tensão e desespero. Se sentir mal no tempo e no espaço não é mais privilégio de nenhum astronauta.
Profissionais estão sendo forçados a se adaptarem a um ambiente de exacerbada competição, a se defrontarem com ineditismos e dominar informações a intervalos cada vez mais curtos.
Nós temos um limite para suportar a pressão...Saber se adaptar e reajustar confortavelmente, reagir de forma inteligente às pressões e pressentir e antecipar acontecimentos, é objetivo primordial dos programas de desenvolvimento da Resiliência, como uma das competências mais valorizadas nos modelos de Gestão Estratégica de Pessoas.
Resiliência é um termo primeiramente utilizado pela física que significa a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido uma pressão.
As ciências humanas utilizam este termo para qualificar a capacidade de um indivíduo em possuir uma conduta sã num ambiente insano, ou seja, a capacidade do indivíduo de sobrepor-se e construir-se positivamente frente às adversidades.
Tavares dá uma definição mais orientada para as organizações como “a capacidade de responder de forma mais consistente aos desafios e dificuldades, de reagir com flexibilidade e capacidade de recuperação diante de desafios e circunstâncias desfavoráveis, obtendo uma atitude otimista, positiva e perseverante e mantendo um equilíbrio dinâmico durante e após os embates”.
Características de um colaborador resiliente:
- Auto-confiantes: acreditam em si e naquilo de que são capazes de fazer;
- Gostam e aceitam mudanças, encaram as situações de estresse como desafios;
- Pouco ansioso, alta extroversão e aberto à experiência;
- Auto-conceito e auto-estima positiva;
- Emocionalmente inteligente;
- Mantém clareza de propósito, calma e foco diante de situações adversas.
As empresas voltadas para a administração centrada no ser humano, estão procurando Programas de Gestão do Estresse, Resiliência e Qualidade de Vida, pois esperam que seus funcionários e líderes possam aprender mais sobre si próprio e modificar seu estilo de resposta comportamental, além de lidar com o componente emocional. Uma vez que Recursos Humanos estão cada vez mais focados para resultados estratégicos, estes estão orientando seus treinamentos para que o profissional desenvolva melhores estratégias e recursos, podendo fazer opções mais sensatas quando sob pressão. Que possam gerenciar ambigüidades e tensões com o máximo de inteligência e saúde possível, diminuindo sua ansiedade e aumentando sua confiança diante de incertezas.
Os resultados esperados do desenvolvimento da resiliência são:
- A melhor preparação do indivíduo para lidar com pressões;
- Fornecer meios de reduzir pressões desnecessárias reconhecendo como elas são criadas e mantidas;
- Desenvolvem a capacidade que temos de se adequar e flexibilizar às situações sem perder nossos objetivos.
Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=dscw_2hgy
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