terça-feira, 1 de junho de 2010
25 Erros Fatais no Currículo
Se o currículo é a "chave" que detem a possibilidade de introduzir um profissional em uma empresa, apresentá-lo com erros pode ser o atalho mais curto para fechar as portas no mercado.
Mas não falta quem cometa deslizes na hora de elaborar o documento, reduzindo suas chances de recolocação. A Folha ouviu dez empresas e consultorias de recursos humanos atuantes em São Paulo para chegar a uma lista com 25 erros comuns nos currículos :
1 - Fotos inadequadas: O encaminhamento de fotografia, a menos que seja solicitado pelo potencial empregador, é desnecessário. Só tem peso nas posições em que aparência é diferencial, como as de recepcionista e de "hostess".
2 - Atentado à gramática: Os erros de português causam impressão de formação deficiente e evidenciam falta de cuidado na finalização do documento, passando uma imagem de "desleixo".
3 - Páginas demais: De 40 segundos a um minuto. Esse é o tempo médio de leitura dedicado a cada currículo nos recrutamentos mais concorridos, apontam os selecionadores. Portanto, o candidato que costuma enviar documento com mais de quatro páginas pode ter certeza de que ele não será lido completamente.
4 - Supercompactação: Se o currículo muito extenso é prejudicial, o contrário também acontece, alertam os consultores. Na ansiedade de não cair no excesso de dados, o candidato "dá um jeito" de por tudo em uma só página. Não faça isso...
6 - RG, CPF, CTPS... : É um erro muito comum, números da Carteira de Identidade, do CPF, etc... não coloque, são absolutamente desnecessários.
7 - Cursos inúteis: "Caligrafia em 1952", "Datilografia em 1974", "Meditação para purificação do astral"... cursos que não estão relacionados à posição que o candidato está pleiteando não tem razão para serem mencionados no currículo.
8 - Turista: Uma viagem só deve ser mencionada no currículo se agrega valor profissional ao mesmo, viagens de férias, lazer, etc.... nem sonhar, não coloque...
9 - Frases de efeito: "Sou o melhor profissional da minha empresa", "Sou uma pessoa de fácil relacionamento e que adora aprender". Jargões e frases de efeito tem reinado nas páginas dos currículos, causando "arrepios" nos selecionadores.
10 - Autógrafo: "Mancada" menos comum hoje do que foi há alguns anos, a mania de assinar o currículo ainda existe e perdura em aproximadamente 40% dos documentos, dizem os especialistas. O currículo nunca deve ser assinado, enfatizam os consultores.
11 - Hobbies de artes: "Adoro esculpir em pedra-sabão". Nada contra o hobby artístico, mas hobbies não devem ser incluídos.
12 - Salário à vista: A remuneração é assunto para ser discutido em entrevista, não para ser estampado no currículo. E, mesmo no caso de a pretensão salarial ser solicitada em anúncio, a inclusão não é unanimidade entre os especialistas. "Uma saída é mencionar o valor atual como parâmetro", e bem no final do currículo... cuidado, não coloque pretensão com ç "pretenção"...
13 - "Tecniquês": Engenheiros e profissionais de tecnologia são recordistas nesse deslize: o abuso da linguagem técnica. O resultado é um currículo que beira o incompreensível.
14 - Língua afiada: Parece mentira, mas há quem aproveite o currículo para falar mal do antigo patrão, "lavar roupa suja" sobre os motivos da demissão ou até incluir informações supostamente confidenciais da empresa em que trabalhou anteriormente. Esse tipo de erro revela falhas de postura inadmissíveis.
15 - Pinóquio: A máxima popular já ensina que mentira tem perna curta. E mentira em currículo tem até hora certa para ir por água abaixo - na entrevista.
16 - Portunhol fluente: Se você não sabe espanhol, não invente de dizer que sabe porque é "parecido com português". Quem faz isso corre o risco de pagar um "mico" arranhando um "portunhol" na frente do selecionador antes de ser dispensado da seleção.
17 - Visual para "abalar": Para fazer um currículo "bem diferente", o candidato escolhe fontes modernas que acha no menu do computador e cria um layout "super ousado". Imaginando que vai fazer sucesso, imprime o currículo em papel cor de cenoura, por exemplo. Não faça isso, utilize fonte Arial 11 e com negrito somente nos títulos.
18 - Histórico sem fim: Apesar de pedir um tópico intitulado "Formação Acadêmica", o currículo dispensa que o profissional se estenda em detalhes da sua vida escolar. Coloque apenas a formação universitária e especializações posteriores, com o nome das instituições e o ano de conclusão.
19 - "Conheça-me mais": É preciso elaborar o currículo tendo sempre em mente que é um documento para fins profissionais. Portanto, tentar usar esse espaço para transmitir detalhes das suas habilidades pessoais não é adequado. "Destacar que era o primeiro aluno no colegial ou citar as medalhas recebidas na escola é inútil".
20 - Sem objetivo: Em vez de ajudar, um objetivo muito amplo pode diminuir suas chances. Com medo de perder oportunidades, os candidatos abrem ao máximo esse item usando definições difusas. Por exemplo: "Atuar na área administrativa, comercial, etc..." Seja claro e com foco : coloque somente a função pretendida...
21 - Pessoas verbais: Conjugar verbos na primeira pessoa do plural - "Coordenamos projetos" - é um erro muito comum. É melhor substituir por uma definição de ação ou usar a primeira pessoa do singular - "Coordenação de projetos".
22 - Túnel do tempo: Atualização constante. Essa é a uma regra básica para manter a eficiência do currículo. Enviar um documento desatualizado é um deslize que pode trazer prejuízos.
23 - Loucos por anexos: Como se não bastasse o currículo, há quem goste de encaminhar anexos para fazer mais "volume". Cópias de diplomas e de certificados, cartas de recomendação e até xerox autenticadas dos documentos. A lata de lixo é o destino certo da papelada extra, que não tem utilidade...
24 - Mais do mesmo: O candidato menciona o que faz no "Objetivo", repete nas "Qualificações Profissionais" e depois conta de novo lá no "Histórico Profissional" - Informações repetidas reduzem a concentração de quem lê.
25 - Cartas e bilhetes: Coloque carta de apresentação, só quando for pedida. Ou em casos que requerem explicação, como o do candidato que quer mudar de área.
Autora : Tatiana Diniz
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