quarta-feira, 18 de abril de 2012

Profissionais inseguros: será que é possível resolver esse problema?

Falta de conhecimento técnico e problemas ligados à autoestima são as principais questões ligadas a insegurança.


Entre as fragilidades que os profissionais podem apresentar no universo corporativo, está a insegurança. O medo de expor suas ideias, as constantes dúvidas se seu trabalho realmente está bom e o receio de apresentar um projeto podem ser grandes limitadores.

Mas por que alguns profissionais são inseguros? E, mais do que isso, será que é possível exterminar esse problema? De acordo com a psicóloga Raquel Reis, a questão da insegurança pode ser atribuída principalmente a dois fatores: falta de conhecimento técnico e problemas ligados à autoestima.

No primeiro caso, o profissional se sente inseguro, pois acredita – ou realmente – não tem o conhecimento suficiente para desempenhar determinada função. Quando o problema é a autoestima, o profissional, mesmo tendo as competências necessárias, sempre se julga inferior aos demais, não acredita ser bom o suficiente para o cargo e, usualmente, tem problemas para liderar e assumir responsabilidades.

Insatisfação profissional

A insegurança também pode ser reflexo de insatisfação profissional, conforme pontua Raquel. “Quando você está insatisfeito, você não consegue aplicar 100% da sua capacidade intelectual e, portanto, se torna uma pessoa mais insegura”, diz a especialista. Nesse caso, é preciso recorrer a um trabalho de autoconhecimento.

“O profissional deve entender o que gosta e ir atrás disso”, sugere Raquel, lembrando que as escolhas feitas não necessariamente devem ser duradouras. Isso quer dizer que, se o profissional fez uma escolha há alguns anos e agora não quer mais seguir pelo mesmo caminho, vale a pena pensar em mudar, pois só assim encontrará felicidade e satisfação, que vão se reverter em mais segurança na vida profissional.

Como lidar com a insegurança?

A consultora da Right Management, Telma Guido, acredita que o profissional deve observar três aspectos. Primeiro, para tentar deixar de ser um profissional inseguro, assuma o que você é. A insegurança é uma característica, ou seja, é um perfil pessoal. Se você é assim, assuma e tente se desenvolver. Contar com ajuda profissional, como um coach de carreira, ou mesmo buscar uma terapia podem ajudar. Mas você precisa querer e entender que isso é importante para sua vida.

Também é preciso ter bem definido seu plano de carreira. A coach acredita que, quando o profissional sabe o que ele quer, aonde quer chegar e quem ele quer ser, isso faz com que busque desenvolvimento, que vai permitir eliminar parte da sua insegurança. Na prática, se você sabe claramente que quer ser um gerente, você vai atrás de um curso que o tornará mais seguro para assumir essa função. Ou, se você sabe que precisa de um certificado para se destacar na sua área, ao obtê-lo, você também se tornará menos inseguro.

Por fim, novamente um trabalho de autoanalise será importante, mas aqui, para reconhecer suas competências. Muitas vezes, o profissional não se sente seguro, pois não tem as competências que a empresa quer que ele tenha ou a posição que ele está exige.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/profissionais-inseguros-sera-que-e-possivel-resolver-esse-problema/53154/

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A armadilha da qualidade

Enquanto sustentarmos antigas métricas que levaram nossas empresas ao sucesso, mas muitas vezes nem são mais válidas hoje, estaremos nos cegando às necessidades de abandonar o antigo para dar espaço para o novo.


Imagine as seguintes cenas:

- O chefe de segurança da linha de produção de uma fábrica comemora cada dia que o deixa mais próximo de bater o próximo recorde de dias sem acidentes;

- O supervisor de embalagem exulta-se ao receber os resultados que indicam uma diminuição de 0,3 ponto percentual no índice mensal de defeitos no processo em sua área;

- O diretor de um grande banco reúne toda sua equipe para comunicar que o próximo happy hour será patrocinado por sua área para comemorar a incrível melhoria de 29 para 28 dias em média para o processo de abertura de contas correntes corporativas;

- O engenheiro-chefe de uma empresa de instalações telefônicas envia uma carta elogiando seu fornecedor de equipamentos pela redução das reclamações de seus técnicos de campo sobre o serviço de apoio prestado por eles;

- A coordenadora de uma ala de um grande hospital assina um termo de compromisso em que todas as suas enfermeiras se responsabilizam por tentar aumentar a rotatividade de leitos;

- Uma operadora de call center é eleita a funcionária do mês porque sua média de duração de chamadas atendidas caiu quase 4% no último mês.

O que existe em comum em todas estas cenas é a valorização e busca pela melhoria contínua da eficácia operacional, em outras palavras, melhorar a qualidade de seus processos.

A 'onda da qualidade' surgiu no início da década de 80, depois de popularizada por histórias de sucesso recentes em empresas japonesas que começaram a dominar o cenário internacional. Grandes gurus como Deming, Crosby ou Juran se sobressaíram no que se tornou a nova panacéia organizacional.

De fato, na época, reduzir defeitos, melhorar os processos e baixar os custos representava um novo modelo de competitividade que foi abraçado por todas as grandes organizações e gerou excelentes resultados que beneficiaram toda uma geração de empresas e consumidores.

O grande problema é que o paradigma da qualidade, tão relevante e indiscutível, acabou se virando contra as próprias empresas. O mantra corporativo da melhoria contínua perdeu seu poder de competitividade, mas muitas empresas ainda não perceberam isso.

Quando existe muita 'gordura para queimar' ou seja, muita ineficiência, práticas de melhoria são importantes e necessárias, mas depois que os processos são organizados é preciso ter a coragem de abandonar o mito de que continuar melhorando gera ganhos, porque estes ganhos são marginais se comparados com os custos necessários para atingir melhorias de alguns poucos pontos percentuais. Empresas que estão despertando para esta realidade são aquelas que já abandonaram a idéia da 'qualidade a qualquer custo', pois os custos já não mais compensam os benefícios.

Só que o prejuízo é ainda maior e foi observado pelo Professor de Harvard, o conhecido Michael Porter, há mais de 10 anos: A busca da melhoria contínua impede a inovação. Quando você assume que o mais importante é melhorar seus processos cada vez mais, dá pouco espaço para admitir que é preciso mudar o processo para atingir novos patamares de desempenho. O motivo? Mudança significa risco pela incerteza. Toda mudança implica na possibilidade de os indicadores piorarem num primeiro momento, ao invés de melhorarem e isso seria inadmissível.

Como exemplo, suponhamos que você tenha uma máquina que gera 10 defeitos nas 1000 peças que ela produz por dia, obviamente você precisa agir para reduzir o número de defeitos. Mas quando o processo gera 0,01 defeito por dia, o importante já não é mais o número de defeitos, mas, às vezes, um máquina que produza 5000 peças por dia, ou até mesmo a necessidade de gerar outro tipo de peça para seu cliente. O problema é que trocar a máquina ou a peça requer um novo processo, com um novo aprendizado, e, conseqüentemente, um novo parâmetro de qualidade. A cultura da melhoria contínua é tão enraizada que você se recusa a mudar e quer continuar a melhorar o índice de defeitos.

A obsessão por melhorar os indicadores é a armadilha da qualidade. A cultura corporativa nacional ainda privilegia este modelo e enquanto esta ênfase não mudar nas empresas, a inovação não vai acontecer. Enquanto sustentarmos antigas métricas que levaram nossas empresas ao sucesso, mas muitas vezes nem são mais válidas hoje, estaremos nos cegando às necessidades de abandonar o antigo para dar espaço para o novo. Precisamos parar de fazer bem o que fazíamos antes e começar a tentar fazer o que faremos bem amanhã.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-armadilha-da-qualidade/62117/

sábado, 14 de abril de 2012

Currículo: candidato deve adicionar apenas dados relevantes para vaga

Profissionais qualificados demais devem trabalhar melhor as informações para não perderem oportunidades.


A elaboração de um currículo vai muito além de simplesmente listar as experiências anteriores e todos os cursos que realizou ao longo da vida. O profissional deve fazer com que esse documento contenha apenas os itens relevantes para a vaga que pretende concorrer, ou seja, deve enquadrar as informações às exigências da posição.

Especialistas sugerem que o profissional faça um currículo específico para cada vaga que deseja conquistar. Para a palestrante e consultora de recursos humanos, Meiry Kamia, o profissional tem de ter sensibilidade para selecionar apenas as informações que são relevantes para a vaga.

Qualificado demais para o cargo

Alguns candidatos, porém, acreditam que são qualificados demais para determinadas vagas e, por isso, não são chamados nem para a entrevista. Meiry explica que, de fato, quando o selecionador encontra um candidato muito qualificado, ele se assusta um pouco. Mas será que retirar algumas informações do currículo é uma boa estratégia para ser selecionado?

A especialista explica que candidatos qualificados demais para as vagas são deixados de lado por duas razões bastante coerentes. O primeiro motivo está relacionado ao trabalho e o segundo, à remuneração. Os selecionadores entendem que rapidamente esses profissionais vão se frustrar por conta das funções que terão de realizar. No caso do salário, vão se desmotivar, por acharem que merecem mais. E, na maioria das vezes, merecem mesmo.

O caso é que, apesar da forte qualificação, nem sempre esses profissionais encontram oportunidades de emprego compatíveis com ela e até aceitam uma posição inferior. No entanto, de acordo com a gerente de recrutamento e seleção da Trabalhando.com, Ana Luisa Ferraz, retirar informações do currículo não é uma boa solução.

O que ele pode fazer é trabalhar melhor a forma como coloca as informações no currículo, com o objetivo de deixar claro que suas qualificações estão compatíveis com a vaga em questão. Por exemplo, se sua última posição foi de diretor em uma empresa e agora concorre a uma vaga de gerente, deixe claro que realizava funções de gerente, acompanhando a equipe de perto, por exemplo.

É interessante que o candidato tenha sempre em mente a lógica do trabalho do selecionador. O objetivo desses profissionais é encontrar uma pessoa que se encaixe à vaga da melhor maneira possível e, como consequência disso, que vá ficar na empresa por um bom tempo. “A pior coisa para o selecionador é escolher um profissional e ele sair da empresa depois de dois meses. Imagina o tempo e o dinheiro perdidos”, explica Meiry.

Meiry ainda complementa explicando que o profissional, na hora de elaborar seu currículo, não precisa seguir uma regra fixa. “O segredo é a forma como você coloca as informações”,diz.

O que entra e o que sai

Pensando nas informações que serão selecionadas para entrar no seu currículo, é interessante observar algumas dicas. As especialistas recomendam adicionar no máximo as quatro últimas experiências profissionais, desenvolvendo cada uma delas de forma focada, ou seja, de acordo com o que você considera mais interessante para a vaga em questão.

Em relação aos cursos, de novo, só coloque os que estão relacionados com a vaga. “É interessante colocar os cursos mais recentes e que estejam relacionados com a vaga em questão”, diz Ana Luisa. Mesmo que você considere que fez um curso importante, mas isso foi há muitos anos, prefira colocar apenas os mais recentes.

Há ainda aqueles profissionais que mudaram de área no meio da carreira e ficam em dúvida em relação a quais informações adicionar. Se o profissional estiver há bastante tempo na nova área, deve colocar apenas as informações, experiências e cursos que tem a ver com ela, deixando de lado as informações referentes à área anterior.

Mas, se o profissional está há pouco tempo no novo campo de atuação, a sugestão é que coloque informações da experiência anterior - a que não atua mais - especialmente para mostrar para o selecionador que houve uma mudança em sua trajetória de carreira, mas que sempre trabalhou.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/curriculo-candidato-deve-adicionar-apenas-dados-relevantes-para-vaga/53280/

quinta-feira, 12 de abril de 2012

É brincando que se aprende

Descubra como os jogos educativos ajudam no desenvolvimento de habilidades essenciais para o trabalho.


Raciocínio lógico, criatividade e capacidade de trabalho em equipe são algumas das características fundamentais para que o indivíduo tenha habilidade para lidar bem com problemas cotidianos. Além disso, são qualidades cada vez mais exigidas dos profissionais no mercado de trabalho, pois as empresas buscam funcionários que apontem soluções diante de desafios e sejam dinâmicos e eficientes no planejamento e na execução de projetos em grupo.

Por esses motivos é importante que o indivíduo desenvolva estas e outras habilidades desde cedo, ou mesmo em outras fases da vida, por meio de ferramentas de estímulo como as brincadeiras e os jogos educativos, que auxiliam na formação e no aprendizado em casa, na escola, no ambiente de trabalho, entre outros espaços.

Os benefícios dos jogos educativos

A pedagoga Alexandra Lorandi Macedo, pós-doutoranda em Informática na Educação pela UFRGS, afirma que o jogo deve ter qualidade para ajudar na melhora do raciocínio e cita as características que determinam sua eficiência: "Um bom jogo deve ter objetivos claros a serem alcançados e simples de serem entendidos; deve proporcionar o desenvolvimento de estratégias com resultados incertos, favorecendo a construção de estratégias e hipóteses. Isso fará com que o jogador planeje, teste, avalie o resultado e reestruture sua ação".

Ela também ressalta que a possibilidade de o jogador escolher o nível de dificuldade e de acompanhar a sua evolução no jogo são importantes para estimular habilidades como a motivação: "Isso poderá facilitar o engajamento e a automotivação para que níveis mais complexos sejam almejados, planejados e ultrapassados".

Os benefícios dos jogos educativos estão longe de se restringir à fase infantil do indivíduo. Aliás, há uma crescente em jogos que desenvolvem habilidades interpessoais: "O uso do jogo fora do horário escolar, ou para além desta fase, pode oportunizar momentos de aprendizagem e de lazer. Além desses aspectos, é importante destacar que também são cada vez mais comuns jogos que proporcionam o desenvolvimento de habilidades que priorizam o trabalho coletivo. Esta é uma demanda emergente nas empresas, e as estratégias construídas nos jogos podem ser aliadas para apoiar trabalhos em equipe também em contextos profissionais", destaca Alexandra.

O desenvolvimento do trabalho coletivo também é uma importante função do jogo educativo, de acordo com a pedagoga Leticia Machado, doutoranda em Informática na Educação pela UFRGS. Ela afirma que, se trabalhado desde criança até a adolescência, o jogo educativo poderá, além de ajudar em questões como trabalho cooperativo, influenciar no raciocínio lógico e na percepção. Ela ainda explica que os jogos educativos têm uma importante função na vida infantil: "A criança desde pequena está acostumada a brincar e aprender com experimentos e imitações do cotidiano. Quando entra na escola o ato de brincar é deixado de lado, o que acaba desmotivando o aluno. O uso de jogos educativos possibilita desenvolver o abstrato, o lúdico e a imaginação da criança. É possível trabalhar com reflexão, análise e a criatividade da criança, além de desenvolver regras a partir da mediação do erro e da perda".

A questão do erro e da derrota no jogo, de acordo com a psicóloga Acácia Angeli, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP, é fundamental nas estratégias de aprendizagem metacognitivas, propiciadas pelos jogos educativos: "Com as estratégias metacognitivas, a percepção do erro e das dificuldades são fundamentais para que a criança reveja suas decisões, identifique porque errou e retome desse ponto com novas formas de abordagem das atividades, pensando e refazendo mais devagar, planejando com mais cuidado, etc".

Jogos para todos e para tudo

Mas não são apenas os jogos tipicamente classificados como educativos que trazem benefícios. Muitos daqueles tidos como simples entretenimento podem criar habilidades intrínsecas nos futuros profissionais. E exemplos não faltam: Jogos de tabuleiro como Monopoly e Jogo da Vida auxiliam na questão de aprender a lidar com o dinheiro e com as finanças. O Imagem & Ação desenvolve a criatividade e pode ajudar no combate à timidez e jogos como Perfil e Quest ajudam na capacidade de antecipar situações, além de enriquecer o conhecimentos geral aos participantes.

Existe até vídeo-game que virou disciplina em várias universidades norte-americanas de Administração e Economia. De acordo com Mate Poling da Universidade da Flórida, o jogo de estratégia e ficção científica "Starcraft: Wings of Liberty" gerencia diversas unidades e grupos com diferentes capacidades, sendo semelhante ao cenário cotidiano do mundo dos negócios e do trabalho de um administrador.

Além de utilizar jogos com crianças e adolescentes, também é aconselhável por muitos especialistas o uso com pessoas idosas. "No processo de envelhecimento algumas funções fisiológicas na terceira idade são prejudicadas. O uso de jogos, como xadrez ou palavras-cruzadas online poderão beneficiar a velhice, principalmente no que tange à memória", relata a pedagoga Leticia Machado.

A psicóloga Acácia Angeli também explicou como agem os jogos educativos na construção das habilidades: "Os jogos acionam os processos cognitivos em geral, pois mobilizam várias das habilidades envolvidas - atenção (seletiva, concentrada e sustentada), memória e tomada de decisão. Vale ressaltar que o raciocínio, que é um dos elementos essenciais da cognição, também é acionado para que a resposta ao jogo seja dada de forma bem sucedida. Realmente, o velho ditado de que 'é brincando que se aprende' está mais em voga do que nunca".

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/e-brincando-que-se-aprende/53260/

terça-feira, 10 de abril de 2012

Veja 10 maneiras erradas de um gestor motivar sua equipe

Para especialistas, gestores esquecem que os profissionais se motivam de formas diferentes, o que pode gerar efeito contrário.


O que toda empresa quer é profissionais motivados, animados e interessados em fazer seu melhor. Para isso, porém, é preciso saber estimular esse comportamento, oferecendo promoções, novos desafios e mais autonomia, por exemplo. O problema é que nem todo gestor sabe que, muitas vezes, ao invés de estar motivando ele pode estar desmotivando seus funcionários.

Pensando nisso, elaboramos uma lista com 10 maneiras erradas de motivar os funcionários. Contamos, para isso, com a ajuda de especialistas em gestão de carreira e motivação. Confira:

1. Os profissionais são únicos - “não existe motivação em massa”, explica o especialista em motivação, Roberto Recinella. Uma das maneiras erradas de motivar os profissionais é acreditar que o que motiva um motiva todos. Os líderes que não conhecem cada um dos membros de suas equipes podem cometer esse erro.

Na prática, o gestor acredita que determinado elemento vai motivar um profissional, pois foi o mesmo elemento que já motivou um outro trabalhador. Mas, segundo Recinella, isso não funciona sempre. A sugestão é conhecer cada um dos membros da equipe, entendendo suas necessidades e interesses.

2. Desafios megalomaníacos - a maioria das pessoas sabe que os profissionais, para se sentirem motivados, querem desafios constantes. Ou seja, uma oportunidade de superar uma meta e de mostrar um bom trabalho. O erro acontece quando o líder, pensando que vai motivar, estipula um desafio absurdo, que dificilmente será atingido. “O profissional sabe que não vai conseguir e logo fica desmotivado”, analisa o especialista. Os desafios devem sempre ser propostos, mas precisam ser palpáveis.

3. Sempre em cima - ainda na lógica do item um, o líder pode desmotivar, tentando motivar, se não entender as necessidades e os interesses dos profissionais. Nesse caso, a desmotivação acontece porque o chefe fica em cima demais do funcionário, acreditando que ele quer esse acompanhamento de perto, quando, na realidade, o que ele deseja é mais autonomia e liberdade.

Novamente, os profissionais são diferentes uns dos outros. Se o chefe entende que acompanhar de perto o trabalho de um profissional o motiva, ele não deve acreditar que isso vai motivar todos os demais. Portanto, é importante identificar as necessidades de cada um.

4. Falta de clareza - o líder também pode desmotivar alguns membros da equipe quando está tentado motivar outros. Promover um funcionário, por exemplo, sem dúvida fará com que esse profissional se motive. Porém, se essa promoção não for clara, ou seja, se os demais não entenderem os motivos dela, será um grande fator desmotivacional para os demais membros da equipe.

5. Feedback mal dado - alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, enquanto outros desanimam totalmente.

A sugestão é fazer um feedback bem estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.

6. Falta de feedback - na mesma linha do item anterior, o feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que o profissional vai achar que a ausência de feedback significa que não há nada de errado com seu trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”, explica a professora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.

Sem uma avaliação do seu trabalho o profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma diferença.

7. Promoção sem remuneração - promover uma pessoa de cargo é um ótimo fator motivacional, mostra que seu trabalho foi reconhecido e que ele está pronto para novos desafios. Mas, novamente, nem todos os profissionais são iguais, e se o líder pensar que uma promoção sem aumento de salário é sinônimo de motivação para qualquer profissional, ele pode estar muito enganado. Mesmo que o funcionário se motive num primeiro momento, com o tempo ele vai entender que só tem mais trabalho, pelo mesmo salário.

8. Possibilidades que nunca chegam - Adriana explica que outro fator que pode gerar grande desmotivação, apesar do objetivo não ser esse, é prometer coisas e nunca cumpri-las. Desde sinalizar uma promoção que nunca chega, até coisas menores, como uma visita ao cliente, a participação em um projeto, novos desafios e remuneração maior. Claro que inicialmente o profissional vai se motivar, mas, quando ele entender que nada acontece, a situação pode ficar muito ruim.

9. Delegar sem dar suporte - se o líder delega funções extras a um membro da equipe, é preciso que ele também dê o suporte necessário. Muitas vezes os profissionais podem sentir que não estão preparados para assumir determinadas tarefas e, se não puderem contar com o suporte do líder, o que deveria ser um fator motivacional, acaba desmotivando.

10. Delegar sem dar autonomia - o líder também deve saber que autonomia é importante para alguns profissionais. Logo, se ele delegar algumas funções, mas continuar centralizador demais, isso pode ofuscar a motivação inicial de ter assumido novas responsabilidades.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/veja-10-maneiras-erradas-de-um-gestor-motivar-sua-equipe/53471/

segunda-feira, 9 de abril de 2012

As 5 piores frases que você pode dizer para seu cliente

Ao lidar com consumidores, toda empresa precisa tomar cuidado com o que fala. Se propaga o conteúdo errado, o empreendedor pode perder o controle da situação e transformar um problema em uma verdadeira crise – principalmente agora que quase todo mundo descobriu o poder amplificador das mídias sociais.


O jornalista, autor e empreendedor em série Ron Burley listou no site da Inc. cinco das piores frases que você pode dizer na hora de atender às necessidades de um de seus consumidores. Leia com cuidado e fuja de todas elas:

1. “Essa é a política da empresa.”

Para Burley, essa é frase é o equivalente a “Você está sem sorte” e demonstra que a empresa não tem nenhum interesse na satisfação do cliente. O propósito principal é impedir qualquer tipo de diálogo. Para alguns consumidores, ela pode significar uma declaração de guerra. Segundo estudos feitos por Burley, grandes crises de empresas que se tornaram virais na internet começaram quando elas usaram essa nefasta sentença.

2. “Não há nada que possamos fazer.”

Obviamente, sempre existe algo que uma empresa possa pelo menos tentar fazer. Nenhum consumidor ficará feliz em ouvir isso depois de aguardar vários minutos em uma ligação ou depois de diversos e-mails ou mensagens trocadas no Twitter. Ele também simplesmente pode pedir o dinheiro dele de volta. E aí você perde não só uma venda mas também um cliente. Estimule que seu grupo de atendimento pense em alternativas para solucionar cada problema e recompense-os por isso.

3. “Você pode aguardar um momento?”

A maioria das pessoas vai responder com um sonoro “não”. E provavelmente vai levar a discussão para a internet, em que qualquer reclamação vira uma grande bola de neve. Se não houver alternativa, pelo menos seja específico sobre por que vai deixar o cliente esperando. Quem sabe a frustração não seja um pouquinho menor?

4. “Você precisará entrar no nosso site.”

Se, depois de um atendimento por telefone, seu cliente precisar ser direcionado para o site da empresa, não faça com que ele saia procurando o local específico. Envie um e-mail com o link da seção ou do documento que ele precisa achar.

5- “Isso é de responsabilidade do fabricante.”

Quer dizer que você se sente confortável em ganhar o dinheiro do seu cliente, mas, quando surge um problema, você prefere passá-lo adiante para o outro elo da cadeia? A relação financeira do consumidor é com você, e não com o produtor. Portanto, faça o máximo para resolver qualquer possível reclamação.

Fonte: Papo Empreendedor.

domingo, 8 de abril de 2012

Made in China: os segredos de inovação e tecnologia do país asiático

Entenda como o modelo chinês aproveita a inovação tecnológica conhecida como "copiar e melhorar" para aumentar de forma acelerada sua competitividade no cenário mundial.


É comum os ocidentais alegarem que a inovação chinesa é contraditória. De fato, a prática de "copiar e melhorar" fica no meio do caminho entre inovação e pirataria. Em resposta a essas acusações, os chineses afirmam - embora um pouco ironicamente - que o aluno deve primeiro aprender a copiar o trabalho do mestre antes de desenvolver seu próprio estilo. Afinal, se você não tem muito talento, precisa começar por algum lugar.

O grande crescimento da competitividade da China nos setores ferroviário, de construção naval e até de aviação surpreendeu alguns observadores ocidentais. Menos de uma década atrás, por exemplo, o sistema ferroviário chinês era totalmente inadequado. Hoje, há no país mais quilômetros de linhas ferroviárias de alta velocidade do que na Europa, assim como os trens comerciais mais rápidos do mundo.

No entanto, apesar do aumento considerável de sua produção de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em alguns setores, a China ainda carece de pesquisa básica e inovação radical. Mesmo assim, há um forte desejo do povo chinês em experimentar os benefícios das tecnologias inovadoras criadas no Ocidente. O fenômeno do "eu também" é um forte incentivo no desenvolvimento de novos produtos.

Nesse contexto, exitem quatro características interessantes sobre a maneira como os chineses inovam e pensam em tecnologia:

Testes no local, não no laboratório

Os equipamentos da empresa Han's Laser são um bom exemplo. Usados em aplicações como a personalização de botões, marcação de teclados de computador, etc., ela não podia testar seus produtos na própria empresa.

Assim, no começo de suas atividades, enviava um técnico ao cliente por vários meses, produzindo um relatório diário de desempenho da máquina. Quando surgiam problemas, o técnico de campo trabalhava junto à equipe de P&D na sede para encontrar soluções imediatas. Essas melhorias eram incorporadas às próximas versões da máquina. Entre 1996 e 1999, a empresa fez mais de três mil melhorias em seus equipamentos.

Testes feitos no local transformaram a fábrica do cliente em um laboratório de pesquisa, reduziram o tempo de colocação do produto no mercado e melhoraram o fluxo de caixa da Han's Laser. Quando um novo modelo era lançado, já incorporava as necessidades específicas do cliente.

Inovação com foco nos custos

Quando a China International Marine Containers (CIMC) importou uma linha de produção da Alemanha no início da década de 1990, tinha uma capacidade de 10 mil contêineres por ano. Ao longo dos cinco anos seguintes, técnicos da CIMC fizeram mudanças no processo de fabricação, aplicando tecnologias emprestadas do setor automobilístico.

Até 1996, a produção tinha aumentado vinte vezes e a CIMC era líder mundial em volume, fabricando praticamente um em cada cinco novos contêineres no mundo. Em 1997, a empresa criou seu próprio centro de P&D. Como resultado, aumentou sua capacidade, tornando-se mais rentável.

Características e funções customizadas às exigências locais

Consumidores chineses usam seus telefones móveis para inúmeros propósitos, como assistir televisão. Assim, fabricantes de celulares na China oferecem aparelhos com alto-falantes para a reprodução de áudio ou para falar em locais barulhentos. Os telefones, além de serem disponibilizados pela metade do preço dos oferecidos pelas fabricantes tradicionais, também fornecem recursos para atender às necessidades específicas dos consumidores locais.

A Haier, fabricante de eletrodomésticos, é outro exemplo da customização local. Quando um cliente da província chinesa de Sichuan se queixou de que sua máquina de lavar vivia quebrando, técnicos encontraram seu encanamento entupido de lama. Descobriu-se que muitos estavam usando as máquinas de lavar Haier para limpar batata-doce e amendoim.

Em vez de avisar aos clientes sobre o que não se deve lavar nas máquinas, os engenheiros da Haier modificaram-nas para acomodar as necessidades dos clientes. A partir de então, máquinas de lavar Haier vendidas em Sichuan contêm o aviso: "Principalmente para lavar roupas, batata doce e amendoim".

A estratégia da Haier de atender à demanda do mercado local e externo com modelos inovadores resultou em cerca de 96 categorias de produtos e 15 mil especificações. Executivos da Haier dizem que esses tipos de inovações são baratas, mas muito valorizados pelos clientes.

Inovação rápida de produto

A qualidade mais importante que caracteriza a tecnologia chinesa é a rapidez com que as empresas apresentam produtos ao mercado. Por exemplo, antes dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, operadoras de telefonia celular chinesas produziram novos modelos que lembravam o icônico estádio "Ninho de Pássaro" e o Centro Aquático Nacional "Cubo d'Água". Só em 2007, a operadora Tianyu produziu mais de 100 novos modelos.

Pensado para o futuro

Por que as empresas chinesas abordam a inovação de forma não-convencional? Por necessidade, simplesmente. Como não têm os mesmos orçamentos de pesquisa de seus concorrentes, utilizam estratégias precisas e ultradinâmicas. Do mesmo modo, sem uma identidade de marca para proteger, elas não têm nada a temer ao permitir que o cliente teste o produto. As empresas acabam ganhando e também perdendo mas, no ambiente de mercado em constante mutação na China, esse método ágil é muito eficaz e – mais importante – eficiente.

Porém, há uma desvantagem nessa abordagem. Na medida em que as empresas chinesas amadurecem, vão querer desenvolver marcas reconhecidas globalmente. A fim de inovar, como a Apple, o Google e outras empresas altamente criativas, a China deve investir mais pró-ativamente em P&D, o que, consequentemente, exige a proteção dos direitos de propriedade intelectual.

Nesse meio tempo, seria prudente que outras multinacionais tomassem nota das técnicas de inovação para mercados de massa adotadas pelas empresas chinesas. A China, que até outro dia contratava organizações estrangeiras para construir sua rede ferroviária de alta velocidade, agora concorre à licitação para contratos ferroviários nos Estados Unidos e está aumentando suas exportações de tecnologia ferroviária de alta velocidade para Europa e América Latina. É bom ficar de olhos neles...

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/made-in-china-os-segredos-de-inovacao-e-tecnologia-do-pais-asiatico/53554/