sábado, 28 de abril de 2012

O que é melhor: fazer o que se gosta ou o que paga mais?

Em busca de um emprego que pague bem, profissionais buscam uma oportunidade que satisfaça suas necessidades e seus sonhos.


Ao procurar uma oportunidade no mercado de trabalho, a maioria dos candidatos parte em busca de um sonho: o de conseguir um emprego que não apenas satisfaça profissionalmente, mas que também atenda às suas necessidades financeiras. Contudo, nem sempre atender a ambos o requisitos é possível, o que torna a procura ainda mais complicada.

E, se realizar esse desejo já é complicado demais, o que seria mais aconselhável, então? Fazer aquilo que se gosta ou escolher um emprego que pague um salário melhor?

De acordo com a consultora de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira, a resposta é nem um nem o outro.

“O profissional deve ser orientado a fazer o que gosta, buscando uma área que tenha uma remuneração mais adequada para suprir suas necessidades. Contudo, se isso não for possível e ele ganhar uma boa remuneração pelo que faz, o ideal é que o trabalhador procure enxergar suas atividades de uma maneira mais positiva”, diz Karla.

Consequências

E tanto esforço certamente tem uma razão de ser, afinal, trabalhar no que não se gosta pode trazer sérios riscos à saúde.

“Ao se fazer o que não se gosta, o trabalhador pode se tornar uma pessoa opressiva e infeliz”, esclarece Karla.

Além disso, não é apenas desse mal que um profissional pode sofrer. Segundo o consultor da De Bernt Entschev Human Capital, Julio Bonrruquer, por exemplo, ao optar exclusivamente pelo retorno financeiro e não pela satisfação profissional, o trabalhador pode se sujeitar a inúmeras doenças. “São muitas as pessoas que adoecem e que têm dinheiro, por exemplo”, diz Bonrruquer.

E é por essa razão que o especialista defende tanto que é preciso trabalhar no que se gosta. "Isto é importante, mas não se pode apenas viver de um sonho, pois, sem dinheiro, não se pode viver”, diz.

Como fazer

Para encontrar um meio termo, o profissional deve primeiramente se conhecer. Ou seja, saber exatamente do que gosta e em quais áreas ele possui mais competência.

“Ele precisa saber onde possui habilidade para se desenvolver mais e mais. Além disso, é importante que ele saiba também onde e como buscar um trabalho adequado ao seu perfil, tendo paciência para esperar o retorno mais apropriado, item este fundamental no processo”, esclarece Karla.

Bonrruquer dá outra recomendação. “Ao adquirir estabilidade financeira, é possível trabalhar com mais paixão naquilo que se gosta. Aquilo que fazemos com paixão sempre traz bons resultados, inclusive financeiros”, lembra.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/o-que-e-melhor-fazer-o-que-se-gosta-ou-o-que-paga-mais/52804/

sexta-feira, 27 de abril de 2012

7 dicas para conquistar clientes por e-mail

  1. Seja objetivo e claro na mensagem, o cliente precisa entender o que está escrito;
  2. Termine sempre o e-mail com uma pergunta, é importante criar um método para o cliente interagir com você;
  3. Faça a revisão ortográfica antes de mandar o e-mail para o cliente e leia em voz alta, caso sinta algum desconforto, reescreva novamente;
  4. Monte um sistema de manutenção após o envio das propostas, por exemplo: ligue no próximo dia para saber se o cliente recebeu, na outra semana, mande um e-mail para ver a sua posição, quinze dias depois, envie um folder apresentando os benefícios do seu produto/serviço, etc. O objetivo é manter-se vivo na memória do cliente;  
  5. Coloque depoimentos de clientes satisfeitos na proposta, estatísticas que comprovem a credibilidade do seu produto/serviço, poste uma foto bonita da sua empresa, isso passa credibilidade, é importante que a sua proposta seja objetiva e bem estruturada;
  6. Guarde um benefício extra na manga e não mande na proposta, em um momento oportuno, oferte para o cliente, esse elemento surpresa poderá ser o diferencial no fechamento da venda;
  7. Não esqueça: se o perfil do seu cliente for mais conservador, faça contato pelo telefone, atenda personalizadamente e da maneira que ele se sentir mais à vontade.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Como divulgar seu negócio no Facebook?

A rede social de Mark Zuckerberg tem 30,9 milhões de usuários no Brasil. Com tanta gente conectada, as oportunidades para as marcas são enormes.


Alguns apontavam apenas como uma "moda de momento", outros diziam que ele não ia fazer sucesso aqui no Brasil e teve até aqueles que cravaram sua extinção em dois anos. Não, não estamos falando de uma nova banda internacional, uma série de TV estilo sitcom ou a saga de bruxos e vampiros estrelados em Hollywood. Trata-se do Facebook que, certamente, já calou os pessimistas (eles também abriram uma conta) e vem reunindo pessoas de todas as gerações que estão curtindo, compartilhando e trocando contatos o tempo todo.

Aliás, o Facebook é, no momento, o queridinho entre os brasileiros. A rede social de Mark Zuckerberg tem 30,9 milhões de usuários no país (e pasmem, 800 milhões no mundo). É tanta gente conectada que as oportunidades de divulgar uma marca, estar em contato com os clientes e potencializar os negócios de uma empresa são enormes. E o melhor, o Facebook é preparado e disponibiliza centenas de possibilidades para isso.

Separamos algumas dicas para aqueles que desejam se aventurar por essas terras. Mas, lembre-se, as redes sociais são "facas de dois gumes": da mesma forma que é possível potencializar os negócios de uma empresa, é possível também manchar a reputação dela. Ter uma conta simplesmente para dizer que possui não vale a pena. Publicar só besteiras, apenas se você for um humorista. E, definitivamente, não faça spam...

Crie uma Fan Page

No Facebook, existem páginas específicas para as empresas e marcas interagirem com seus fãs – as Fan Pages. Elas são gratuitas e permitem compartilhar conteúdos através do mural, grupos de discussão, tabs de informação, fotografias, vídeos, além de aplicativos específicos. Duas de suas virtudes são que não há limite de fãs por página e elas podem ser gerenciadas por diversos administradores que já possuem conta na rede. Além disso, é possível integrar as informações postadas em um blog, Twitter e LinkedIn com a página da empresa no Facebook, permitindo que os fãs recebam todas as atualizações publicadas diretamente nessa rede social.

Venda produtos

Você já reparou que aconteceu uma mudança no local de algumas lojas durante as últimas décadas? Antes se vendia apenas em lojas físicas, depois algumas se transformaram em sites na internet e agora surge a tendência do comércio dentro do Facebook. Porém, é bom saber alguns detalhes antecipadamente: assegure-se que sua loja no Facebook é fácil e intuitiva para navegar - os usuários não devem gastar mais de três cliques para localizar um produto. Crie também mecanismos que incentivem a divulgação "boca a boca" na rede social. As lojas que oferecem experiências diferentes de compra, listas de desejo e estimulam a colaboração irão, provavelmente, ter um aumento no tráfego e nas vendas.

Anuncie para o público certo

O Facebook facilita também a criação de publicidades com um grau de personalização fora de série. É possível definir o segmento do anúncio com base no sexo, local, faixa etária, estado civil e até gostos. Quer atingir um público de mulheres, entre 25 e 40 anos, casadas, quem morem no Rio de Janeiro e gostem de cozinhar? Ah, não esqueça que esse serviço é pago, porém se você tiver poucos recursos para investir não tem problema. No Facebook você publica a quantidade de anúncios que o seu dinheiro permitir.

Faça aplicativos legais

Um dos grandes atrativos dessa rede social são os aplicativos. Eles funcionam como uma ótima maneira de interação entre os clientes e as marcas. Hoje, são mais de 500 mil aplicativos na rede, e quase 70% dos usuários "curtem" mensalmente algum em seus perfis. Tem aplicativos de jogos, de notícias, de serviço, de vídeo, previsão do tempo etc. Como eles são, geralmente, interativos, incentivam o usuário, os amigos do usuário e os amigos dos amigos do usuário a compartilhá-lo. Ou seja, mais pessoas ficam ligadas e interessadas nas empresas que possuem aplicativos bacanas.

Seja interessante e dedique-se

Atualizar a página apenas quando dá não basta. Para a empresa ter sucesso no Facebook, é preciso dedicação. É importante ouvir o que seus clientes têm a dizer, valorizar a interação e postar notícias, fotos e vídeos interessantes. Ser divertido nos posts pode ser também um bom caminho, afinal, ainda se trata de uma rede social. E por favor, não vai ficar contando detalhes que ninguém quer saber sobre seu produto ou serviço. Seja original, pense na parte interessante do seu produto e conte para seus fãs de uma forma diferente.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/marketing/como-divulgar-seu-negocio-no-facebook/52873/

domingo, 22 de abril de 2012

Preço: a arma nuclear do marketing

Reduzir preços não é o mesmo que adotar uma estratégia de marketing: quando você reduz, não há volta.


Quando o mercado está acirrado como hoje e as vendas estão nulas, ou mesmo caindo, muitos marqueteiros veem a redução dos preços como uma escolha fácil e reversível. Porém, o que parece uma opção estratégica rápida e de curto prazo, pode ter consequências devastadoras no longo prazo. Um corte nos preços pode diminuir o valor adquirido dos produtos e serviços, depreciar a marca ou até mesmo desencadear uma guerra de preços.

Cortar preços não é o mesmo que ter uma estratégia de marketing. Reduzir o preço é um pouco como disparar uma arma nuclear – uma vez que, apertado o botão, não há como voltar atrás. Nem todos vão concordar, é claro. Para muitas empresas, é a única opção de sobrevivência ao lidar com uma concorrência maior, ciclos de vida de produto mais curtos, menor diferenciação de produto, clientes mais inteligentes, mais marcas privadas e um crescente segmento baseado no valor recebido pelo dinheiro pago.

As empresas podem também considerar uma redução de preço se a moeda de seu mercado interno estiver em processo de valorização, podendo tornar seus produtos e serviços menos competitivos. Temos visto isso ao longo dos últimos anos na Suíça, onde a ascensão do franco suíço encareceu os produtos de empresas locais e alguns prestadores de serviços em cerca 20 a 25% em relação aos seus concorrentes europeus ou americanos.

No entanto, é normalmente mais sensato oferecer mais ao cliente do que baratear sua proposição de valor, pois o objetivo do preço é refletir o valor de um produto ou serviço. Ao reduzir preços, marqueteiros muitas vezes anulam todo o trabalho árduo que foi feito na criação de valor aos olhos de seus clientes.

Por que tantos marqueteiros estão se comportando assim? Há duas razões principais. Primeiro, o preço é uma decisão que pode ser tomada de forma relativamente rápida – você pode decidir diminui-lo em 20% amanhã. Agora, repensar seu produto, serviço, comunicação ou distribuição leva muito mais tempo.

Segundo, a redução de preços parece uma opção barata. Se você considerar os "quatro Ps" do mix de marketing – produto, praça (distribuição), promoção (comunicação) e preço – o preço é o único que não gera dinheiro.

Portanto, sua redução deveria ser considerada por último. O corte de preços é quase sempre um processo complexo. Como definir o preço? Quando uma empresa deveria alterar seus preços? Deve procurar seguir ou liderar? E deveria reduzir no geral ou apenas em determinados produtos e segmentos? Em mercados maduros, sabemos que o consumidor atual normalmente quer o melhor produto, ou o mais barato, então não sobra muito espaço no meio.

Também é difícil reverter a redução porque muitas vezes seus concorrentes tendem a diminuir seus próprios preços como resposta. Daí a minha analogia das armas nucleares: uma vez reduzido seu preço, é difícil voltar atrás.

Então, o que as empresas podem fazer?

Há muitas alternativas, todas ligadas à agregação de valor ao consumidor ou cliente. A primeira é repensar sua proposta de valor, oferecendo mais pelo mesmo preço. Pode ser algo que custe relativamente pouco, mas que provoca um impacto significativo para o cliente. As montadoras podem aumentar suas garantias, fabricantes de chocolate podem vender pacotes de 25 em vez de 20, ou empresas de treinamento podem oferecer uma sessão gratuita ao cliente. O importante é pensar em termos de valor para o cliente.

A segunda é repensar sua segmentação e portfólio de marca de modo a visar mais clientes. Porque um único produto/oferta não agrada a todo mundo. É por isso que um grande fabricante de pneus, como a Michelin, trabalha com várias marcas: de pneus premium Goodrich ­– para carros esportivos – à marcas de varejo – para consumidores sensíveis a preço, no Wal-Mart ou Norauto. Da mesma forma, a Singapore Airlines tem três marcas diferentes (Singapore Airlines, Virgin Airlines e Tiger Airways) para cuidar de três segmentos de preço diferentes.

Terceiro, as empresas devem reconsiderar sua estratégia de comunicação para aumentar a oferta e tornar o produto ou serviço mais conhecidos para clientes potenciais. Gastos em marketing e publicidade muitas vezes sofrem uma queda quando a economia não vai bem. Mas isso é um contra-senso, pois é exatamente quando as condições do mercado estão desfavoráveis que você precisa de ideias novas. O guru da publicidade David Ogilvy disse: "Quando o momento está bom, você anuncia; e quando está ruim, você deve anunciar". Infelizmente, a maioria das empresas faz o contrário – quando o momento está bom, elas gastam; e quando está ruim, cortam tudo.

Por fim, use o bom senso e reveja seus custos. Não estou sugerindo que você deva, necessariamente, reduzir seus custos ao demitir funcionários. Sugiro que você repense sua equação de custo. Isso já é uma rotina empresarial e deve passar a ser uma prática diária. Ainda cabe analisar seu orçamento detalhadamente, visando encontrar algum excesso de gordura para cortar. Só depois de passar por estas quatro etapas é que as empresas deveriam decidir, relutantemente, que não há outra escolha senão reduzir seus preços. Porém, em minha opinião, esta deve ser a última alternativa, porque competir em preço é sempre muito arriscado!

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/preco-a-arma-nuclear-do-marketing/52962/

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Proatividade para quê?

Resultado de cinco anos de pesquisas, livro traça panorama das empresas brasileiras e mostra por que antecipar mudanças pode fazer toda a diferença.


Por Simão Mairins, www.administradores.com.br

Poucas palavras são tão comuns no vocabulário empresarial quanto "proatividade". Mas, de tanto ser repetido, o termo acabou se consolidado mais enquanto um chavão de entrevistas de emprego do que como algo realmente compreendido por quem costuma citá-lo. Para dois pesquisadores brasileiros, entretanto, o assunto tem sido alvo de incansáveis estudos que, depois de cinco anos do início das pesquisas, renderam seu principal fruto: o livro "Empresas proativas – como antecipar mudanças no mercado", que reúne dados sobre 257 organizações e para o qual foram ouvidos mais de 100 líderes, entre executivos e CEOs de grandes companhias nacionais e multinacionais atuantes no Brasil.

Como explica o professor Leonardo Araújo, um dos autores do livro, a partir da pesquisa, foi desenhado "um modelo que explica os antecedentes da ação proativa, ou seja, as capacidades que uma empresa precisa desenvolver para construir estratégias proativas de mercado". Para ele, é possível, sim, "desenvolver a proatividade através de um modelo".

Mas que modelo é esse? "Nós identificamos algumas capacidades essenciais para as empresas serem proativas. Por exemplo: elas lidam melhor com o erro estratégico, não o tratam como algo vexatório. Elas lidam melhor com o risco, porque sabem olhar para o futuro. E uma coisa que os executivos com quem conversamos fizeram sempre questão de destacar é que não se faz uma empresa proativa sem pessoas proativas", explica Rogério Gava, o outro autor da obra.

Aqui, chegamos a uma das partes mais delicadas da questão, que é quando a proatividade passa a ser enxergada na perspectiva individual, não mais apenas na da empresa enquanto um todo. "Fala-se muito em proatividade nas empresas. Mas pouco se sabe, pouco se faz nesse sentido. Por exemplo: como se identifica um profissional proativo numa entrevista? Como eu desenvolvo a proatividade? E aí o papel dos líderes nesse sentido é fundamental", afirma Rogério Gava.

"Não adianta as empresas quererem que as pessoas sejam proativas se elas não recompensam essa proatividade ou se elas só empurram as pessoas para os resultados de curto prazo. Como uma pessoa vai buscar a proatividade – que muitas vezes é algo que não se dá no curto prazo – se, no primeiro erro, ela vai ser punida com a perda de um bônus, por exemplo? Se ela não vê a empresa premiar as iniciativas proativas de longo prazo?", questiona o professor.

Ação x reação

Uma das conclusões da pesquisa foi de que 95% das empresas brasileiras costumam apenas reagir às situações. "E isso não foi uma surpresa para nós, porque o comportamento reativo é o mais padrão dentro das organizações. Preferimos esperar as mudanças acontecerem, porque é mais confortável, é menos arriscado, é uma área de mais segurança", afirma Leonardo Araújo.

Para os autores, entretanto, o preço a se pagar pela postura meramente reativa é a perda de espaço para os concorrentes que se colocam no mercado de forma proativa. Segundo eles, as empresas que se antecipam – modificando a realidade posta de forma a gerar um novo cenário que lhes seja positivo – conseguem melhores resultados.

"Na pesquisa para o livro, pudemos constatar que, quando a empresa identificou a mudança de mercado, ela conseguiu uma melhor inserção competitiva, que, nos casos que estudamos, se deu de duas formas: market share, conseguindo uma maior fatia do mercado, e rentabilidade, conseguindo maiores ganhos naqueles serviços ou produtos específicos com os quais trabalha", explica Leonardo Araújo.

Veja a entrevista completa com os professores, em que eles explicam o processo de pesquisa para o livro e detalham outras constatações importantes presentes na obra.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/proatividade-para-que/52408/

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Profissionais inseguros: será que é possível resolver esse problema?

Falta de conhecimento técnico e problemas ligados à autoestima são as principais questões ligadas a insegurança.


Entre as fragilidades que os profissionais podem apresentar no universo corporativo, está a insegurança. O medo de expor suas ideias, as constantes dúvidas se seu trabalho realmente está bom e o receio de apresentar um projeto podem ser grandes limitadores.

Mas por que alguns profissionais são inseguros? E, mais do que isso, será que é possível exterminar esse problema? De acordo com a psicóloga Raquel Reis, a questão da insegurança pode ser atribuída principalmente a dois fatores: falta de conhecimento técnico e problemas ligados à autoestima.

No primeiro caso, o profissional se sente inseguro, pois acredita – ou realmente – não tem o conhecimento suficiente para desempenhar determinada função. Quando o problema é a autoestima, o profissional, mesmo tendo as competências necessárias, sempre se julga inferior aos demais, não acredita ser bom o suficiente para o cargo e, usualmente, tem problemas para liderar e assumir responsabilidades.

Insatisfação profissional

A insegurança também pode ser reflexo de insatisfação profissional, conforme pontua Raquel. “Quando você está insatisfeito, você não consegue aplicar 100% da sua capacidade intelectual e, portanto, se torna uma pessoa mais insegura”, diz a especialista. Nesse caso, é preciso recorrer a um trabalho de autoconhecimento.

“O profissional deve entender o que gosta e ir atrás disso”, sugere Raquel, lembrando que as escolhas feitas não necessariamente devem ser duradouras. Isso quer dizer que, se o profissional fez uma escolha há alguns anos e agora não quer mais seguir pelo mesmo caminho, vale a pena pensar em mudar, pois só assim encontrará felicidade e satisfação, que vão se reverter em mais segurança na vida profissional.

Como lidar com a insegurança?

A consultora da Right Management, Telma Guido, acredita que o profissional deve observar três aspectos. Primeiro, para tentar deixar de ser um profissional inseguro, assuma o que você é. A insegurança é uma característica, ou seja, é um perfil pessoal. Se você é assim, assuma e tente se desenvolver. Contar com ajuda profissional, como um coach de carreira, ou mesmo buscar uma terapia podem ajudar. Mas você precisa querer e entender que isso é importante para sua vida.

Também é preciso ter bem definido seu plano de carreira. A coach acredita que, quando o profissional sabe o que ele quer, aonde quer chegar e quem ele quer ser, isso faz com que busque desenvolvimento, que vai permitir eliminar parte da sua insegurança. Na prática, se você sabe claramente que quer ser um gerente, você vai atrás de um curso que o tornará mais seguro para assumir essa função. Ou, se você sabe que precisa de um certificado para se destacar na sua área, ao obtê-lo, você também se tornará menos inseguro.

Por fim, novamente um trabalho de autoanalise será importante, mas aqui, para reconhecer suas competências. Muitas vezes, o profissional não se sente seguro, pois não tem as competências que a empresa quer que ele tenha ou a posição que ele está exige.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/profissionais-inseguros-sera-que-e-possivel-resolver-esse-problema/53154/

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A armadilha da qualidade

Enquanto sustentarmos antigas métricas que levaram nossas empresas ao sucesso, mas muitas vezes nem são mais válidas hoje, estaremos nos cegando às necessidades de abandonar o antigo para dar espaço para o novo.


Imagine as seguintes cenas:

- O chefe de segurança da linha de produção de uma fábrica comemora cada dia que o deixa mais próximo de bater o próximo recorde de dias sem acidentes;

- O supervisor de embalagem exulta-se ao receber os resultados que indicam uma diminuição de 0,3 ponto percentual no índice mensal de defeitos no processo em sua área;

- O diretor de um grande banco reúne toda sua equipe para comunicar que o próximo happy hour será patrocinado por sua área para comemorar a incrível melhoria de 29 para 28 dias em média para o processo de abertura de contas correntes corporativas;

- O engenheiro-chefe de uma empresa de instalações telefônicas envia uma carta elogiando seu fornecedor de equipamentos pela redução das reclamações de seus técnicos de campo sobre o serviço de apoio prestado por eles;

- A coordenadora de uma ala de um grande hospital assina um termo de compromisso em que todas as suas enfermeiras se responsabilizam por tentar aumentar a rotatividade de leitos;

- Uma operadora de call center é eleita a funcionária do mês porque sua média de duração de chamadas atendidas caiu quase 4% no último mês.

O que existe em comum em todas estas cenas é a valorização e busca pela melhoria contínua da eficácia operacional, em outras palavras, melhorar a qualidade de seus processos.

A 'onda da qualidade' surgiu no início da década de 80, depois de popularizada por histórias de sucesso recentes em empresas japonesas que começaram a dominar o cenário internacional. Grandes gurus como Deming, Crosby ou Juran se sobressaíram no que se tornou a nova panacéia organizacional.

De fato, na época, reduzir defeitos, melhorar os processos e baixar os custos representava um novo modelo de competitividade que foi abraçado por todas as grandes organizações e gerou excelentes resultados que beneficiaram toda uma geração de empresas e consumidores.

O grande problema é que o paradigma da qualidade, tão relevante e indiscutível, acabou se virando contra as próprias empresas. O mantra corporativo da melhoria contínua perdeu seu poder de competitividade, mas muitas empresas ainda não perceberam isso.

Quando existe muita 'gordura para queimar' ou seja, muita ineficiência, práticas de melhoria são importantes e necessárias, mas depois que os processos são organizados é preciso ter a coragem de abandonar o mito de que continuar melhorando gera ganhos, porque estes ganhos são marginais se comparados com os custos necessários para atingir melhorias de alguns poucos pontos percentuais. Empresas que estão despertando para esta realidade são aquelas que já abandonaram a idéia da 'qualidade a qualquer custo', pois os custos já não mais compensam os benefícios.

Só que o prejuízo é ainda maior e foi observado pelo Professor de Harvard, o conhecido Michael Porter, há mais de 10 anos: A busca da melhoria contínua impede a inovação. Quando você assume que o mais importante é melhorar seus processos cada vez mais, dá pouco espaço para admitir que é preciso mudar o processo para atingir novos patamares de desempenho. O motivo? Mudança significa risco pela incerteza. Toda mudança implica na possibilidade de os indicadores piorarem num primeiro momento, ao invés de melhorarem e isso seria inadmissível.

Como exemplo, suponhamos que você tenha uma máquina que gera 10 defeitos nas 1000 peças que ela produz por dia, obviamente você precisa agir para reduzir o número de defeitos. Mas quando o processo gera 0,01 defeito por dia, o importante já não é mais o número de defeitos, mas, às vezes, um máquina que produza 5000 peças por dia, ou até mesmo a necessidade de gerar outro tipo de peça para seu cliente. O problema é que trocar a máquina ou a peça requer um novo processo, com um novo aprendizado, e, conseqüentemente, um novo parâmetro de qualidade. A cultura da melhoria contínua é tão enraizada que você se recusa a mudar e quer continuar a melhorar o índice de defeitos.

A obsessão por melhorar os indicadores é a armadilha da qualidade. A cultura corporativa nacional ainda privilegia este modelo e enquanto esta ênfase não mudar nas empresas, a inovação não vai acontecer. Enquanto sustentarmos antigas métricas que levaram nossas empresas ao sucesso, mas muitas vezes nem são mais válidas hoje, estaremos nos cegando às necessidades de abandonar o antigo para dar espaço para o novo. Precisamos parar de fazer bem o que fazíamos antes e começar a tentar fazer o que faremos bem amanhã.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-armadilha-da-qualidade/62117/

sábado, 14 de abril de 2012

Currículo: candidato deve adicionar apenas dados relevantes para vaga

Profissionais qualificados demais devem trabalhar melhor as informações para não perderem oportunidades.


A elaboração de um currículo vai muito além de simplesmente listar as experiências anteriores e todos os cursos que realizou ao longo da vida. O profissional deve fazer com que esse documento contenha apenas os itens relevantes para a vaga que pretende concorrer, ou seja, deve enquadrar as informações às exigências da posição.

Especialistas sugerem que o profissional faça um currículo específico para cada vaga que deseja conquistar. Para a palestrante e consultora de recursos humanos, Meiry Kamia, o profissional tem de ter sensibilidade para selecionar apenas as informações que são relevantes para a vaga.

Qualificado demais para o cargo

Alguns candidatos, porém, acreditam que são qualificados demais para determinadas vagas e, por isso, não são chamados nem para a entrevista. Meiry explica que, de fato, quando o selecionador encontra um candidato muito qualificado, ele se assusta um pouco. Mas será que retirar algumas informações do currículo é uma boa estratégia para ser selecionado?

A especialista explica que candidatos qualificados demais para as vagas são deixados de lado por duas razões bastante coerentes. O primeiro motivo está relacionado ao trabalho e o segundo, à remuneração. Os selecionadores entendem que rapidamente esses profissionais vão se frustrar por conta das funções que terão de realizar. No caso do salário, vão se desmotivar, por acharem que merecem mais. E, na maioria das vezes, merecem mesmo.

O caso é que, apesar da forte qualificação, nem sempre esses profissionais encontram oportunidades de emprego compatíveis com ela e até aceitam uma posição inferior. No entanto, de acordo com a gerente de recrutamento e seleção da Trabalhando.com, Ana Luisa Ferraz, retirar informações do currículo não é uma boa solução.

O que ele pode fazer é trabalhar melhor a forma como coloca as informações no currículo, com o objetivo de deixar claro que suas qualificações estão compatíveis com a vaga em questão. Por exemplo, se sua última posição foi de diretor em uma empresa e agora concorre a uma vaga de gerente, deixe claro que realizava funções de gerente, acompanhando a equipe de perto, por exemplo.

É interessante que o candidato tenha sempre em mente a lógica do trabalho do selecionador. O objetivo desses profissionais é encontrar uma pessoa que se encaixe à vaga da melhor maneira possível e, como consequência disso, que vá ficar na empresa por um bom tempo. “A pior coisa para o selecionador é escolher um profissional e ele sair da empresa depois de dois meses. Imagina o tempo e o dinheiro perdidos”, explica Meiry.

Meiry ainda complementa explicando que o profissional, na hora de elaborar seu currículo, não precisa seguir uma regra fixa. “O segredo é a forma como você coloca as informações”,diz.

O que entra e o que sai

Pensando nas informações que serão selecionadas para entrar no seu currículo, é interessante observar algumas dicas. As especialistas recomendam adicionar no máximo as quatro últimas experiências profissionais, desenvolvendo cada uma delas de forma focada, ou seja, de acordo com o que você considera mais interessante para a vaga em questão.

Em relação aos cursos, de novo, só coloque os que estão relacionados com a vaga. “É interessante colocar os cursos mais recentes e que estejam relacionados com a vaga em questão”, diz Ana Luisa. Mesmo que você considere que fez um curso importante, mas isso foi há muitos anos, prefira colocar apenas os mais recentes.

Há ainda aqueles profissionais que mudaram de área no meio da carreira e ficam em dúvida em relação a quais informações adicionar. Se o profissional estiver há bastante tempo na nova área, deve colocar apenas as informações, experiências e cursos que tem a ver com ela, deixando de lado as informações referentes à área anterior.

Mas, se o profissional está há pouco tempo no novo campo de atuação, a sugestão é que coloque informações da experiência anterior - a que não atua mais - especialmente para mostrar para o selecionador que houve uma mudança em sua trajetória de carreira, mas que sempre trabalhou.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/curriculo-candidato-deve-adicionar-apenas-dados-relevantes-para-vaga/53280/

quinta-feira, 12 de abril de 2012

É brincando que se aprende

Descubra como os jogos educativos ajudam no desenvolvimento de habilidades essenciais para o trabalho.


Raciocínio lógico, criatividade e capacidade de trabalho em equipe são algumas das características fundamentais para que o indivíduo tenha habilidade para lidar bem com problemas cotidianos. Além disso, são qualidades cada vez mais exigidas dos profissionais no mercado de trabalho, pois as empresas buscam funcionários que apontem soluções diante de desafios e sejam dinâmicos e eficientes no planejamento e na execução de projetos em grupo.

Por esses motivos é importante que o indivíduo desenvolva estas e outras habilidades desde cedo, ou mesmo em outras fases da vida, por meio de ferramentas de estímulo como as brincadeiras e os jogos educativos, que auxiliam na formação e no aprendizado em casa, na escola, no ambiente de trabalho, entre outros espaços.

Os benefícios dos jogos educativos

A pedagoga Alexandra Lorandi Macedo, pós-doutoranda em Informática na Educação pela UFRGS, afirma que o jogo deve ter qualidade para ajudar na melhora do raciocínio e cita as características que determinam sua eficiência: "Um bom jogo deve ter objetivos claros a serem alcançados e simples de serem entendidos; deve proporcionar o desenvolvimento de estratégias com resultados incertos, favorecendo a construção de estratégias e hipóteses. Isso fará com que o jogador planeje, teste, avalie o resultado e reestruture sua ação".

Ela também ressalta que a possibilidade de o jogador escolher o nível de dificuldade e de acompanhar a sua evolução no jogo são importantes para estimular habilidades como a motivação: "Isso poderá facilitar o engajamento e a automotivação para que níveis mais complexos sejam almejados, planejados e ultrapassados".

Os benefícios dos jogos educativos estão longe de se restringir à fase infantil do indivíduo. Aliás, há uma crescente em jogos que desenvolvem habilidades interpessoais: "O uso do jogo fora do horário escolar, ou para além desta fase, pode oportunizar momentos de aprendizagem e de lazer. Além desses aspectos, é importante destacar que também são cada vez mais comuns jogos que proporcionam o desenvolvimento de habilidades que priorizam o trabalho coletivo. Esta é uma demanda emergente nas empresas, e as estratégias construídas nos jogos podem ser aliadas para apoiar trabalhos em equipe também em contextos profissionais", destaca Alexandra.

O desenvolvimento do trabalho coletivo também é uma importante função do jogo educativo, de acordo com a pedagoga Leticia Machado, doutoranda em Informática na Educação pela UFRGS. Ela afirma que, se trabalhado desde criança até a adolescência, o jogo educativo poderá, além de ajudar em questões como trabalho cooperativo, influenciar no raciocínio lógico e na percepção. Ela ainda explica que os jogos educativos têm uma importante função na vida infantil: "A criança desde pequena está acostumada a brincar e aprender com experimentos e imitações do cotidiano. Quando entra na escola o ato de brincar é deixado de lado, o que acaba desmotivando o aluno. O uso de jogos educativos possibilita desenvolver o abstrato, o lúdico e a imaginação da criança. É possível trabalhar com reflexão, análise e a criatividade da criança, além de desenvolver regras a partir da mediação do erro e da perda".

A questão do erro e da derrota no jogo, de acordo com a psicóloga Acácia Angeli, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP, é fundamental nas estratégias de aprendizagem metacognitivas, propiciadas pelos jogos educativos: "Com as estratégias metacognitivas, a percepção do erro e das dificuldades são fundamentais para que a criança reveja suas decisões, identifique porque errou e retome desse ponto com novas formas de abordagem das atividades, pensando e refazendo mais devagar, planejando com mais cuidado, etc".

Jogos para todos e para tudo

Mas não são apenas os jogos tipicamente classificados como educativos que trazem benefícios. Muitos daqueles tidos como simples entretenimento podem criar habilidades intrínsecas nos futuros profissionais. E exemplos não faltam: Jogos de tabuleiro como Monopoly e Jogo da Vida auxiliam na questão de aprender a lidar com o dinheiro e com as finanças. O Imagem & Ação desenvolve a criatividade e pode ajudar no combate à timidez e jogos como Perfil e Quest ajudam na capacidade de antecipar situações, além de enriquecer o conhecimentos geral aos participantes.

Existe até vídeo-game que virou disciplina em várias universidades norte-americanas de Administração e Economia. De acordo com Mate Poling da Universidade da Flórida, o jogo de estratégia e ficção científica "Starcraft: Wings of Liberty" gerencia diversas unidades e grupos com diferentes capacidades, sendo semelhante ao cenário cotidiano do mundo dos negócios e do trabalho de um administrador.

Além de utilizar jogos com crianças e adolescentes, também é aconselhável por muitos especialistas o uso com pessoas idosas. "No processo de envelhecimento algumas funções fisiológicas na terceira idade são prejudicadas. O uso de jogos, como xadrez ou palavras-cruzadas online poderão beneficiar a velhice, principalmente no que tange à memória", relata a pedagoga Leticia Machado.

A psicóloga Acácia Angeli também explicou como agem os jogos educativos na construção das habilidades: "Os jogos acionam os processos cognitivos em geral, pois mobilizam várias das habilidades envolvidas - atenção (seletiva, concentrada e sustentada), memória e tomada de decisão. Vale ressaltar que o raciocínio, que é um dos elementos essenciais da cognição, também é acionado para que a resposta ao jogo seja dada de forma bem sucedida. Realmente, o velho ditado de que 'é brincando que se aprende' está mais em voga do que nunca".

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/e-brincando-que-se-aprende/53260/

terça-feira, 10 de abril de 2012

Veja 10 maneiras erradas de um gestor motivar sua equipe

Para especialistas, gestores esquecem que os profissionais se motivam de formas diferentes, o que pode gerar efeito contrário.


O que toda empresa quer é profissionais motivados, animados e interessados em fazer seu melhor. Para isso, porém, é preciso saber estimular esse comportamento, oferecendo promoções, novos desafios e mais autonomia, por exemplo. O problema é que nem todo gestor sabe que, muitas vezes, ao invés de estar motivando ele pode estar desmotivando seus funcionários.

Pensando nisso, elaboramos uma lista com 10 maneiras erradas de motivar os funcionários. Contamos, para isso, com a ajuda de especialistas em gestão de carreira e motivação. Confira:

1. Os profissionais são únicos - “não existe motivação em massa”, explica o especialista em motivação, Roberto Recinella. Uma das maneiras erradas de motivar os profissionais é acreditar que o que motiva um motiva todos. Os líderes que não conhecem cada um dos membros de suas equipes podem cometer esse erro.

Na prática, o gestor acredita que determinado elemento vai motivar um profissional, pois foi o mesmo elemento que já motivou um outro trabalhador. Mas, segundo Recinella, isso não funciona sempre. A sugestão é conhecer cada um dos membros da equipe, entendendo suas necessidades e interesses.

2. Desafios megalomaníacos - a maioria das pessoas sabe que os profissionais, para se sentirem motivados, querem desafios constantes. Ou seja, uma oportunidade de superar uma meta e de mostrar um bom trabalho. O erro acontece quando o líder, pensando que vai motivar, estipula um desafio absurdo, que dificilmente será atingido. “O profissional sabe que não vai conseguir e logo fica desmotivado”, analisa o especialista. Os desafios devem sempre ser propostos, mas precisam ser palpáveis.

3. Sempre em cima - ainda na lógica do item um, o líder pode desmotivar, tentando motivar, se não entender as necessidades e os interesses dos profissionais. Nesse caso, a desmotivação acontece porque o chefe fica em cima demais do funcionário, acreditando que ele quer esse acompanhamento de perto, quando, na realidade, o que ele deseja é mais autonomia e liberdade.

Novamente, os profissionais são diferentes uns dos outros. Se o chefe entende que acompanhar de perto o trabalho de um profissional o motiva, ele não deve acreditar que isso vai motivar todos os demais. Portanto, é importante identificar as necessidades de cada um.

4. Falta de clareza - o líder também pode desmotivar alguns membros da equipe quando está tentado motivar outros. Promover um funcionário, por exemplo, sem dúvida fará com que esse profissional se motive. Porém, se essa promoção não for clara, ou seja, se os demais não entenderem os motivos dela, será um grande fator desmotivacional para os demais membros da equipe.

5. Feedback mal dado - alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, enquanto outros desanimam totalmente.

A sugestão é fazer um feedback bem estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.

6. Falta de feedback - na mesma linha do item anterior, o feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que o profissional vai achar que a ausência de feedback significa que não há nada de errado com seu trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”, explica a professora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.

Sem uma avaliação do seu trabalho o profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma diferença.

7. Promoção sem remuneração - promover uma pessoa de cargo é um ótimo fator motivacional, mostra que seu trabalho foi reconhecido e que ele está pronto para novos desafios. Mas, novamente, nem todos os profissionais são iguais, e se o líder pensar que uma promoção sem aumento de salário é sinônimo de motivação para qualquer profissional, ele pode estar muito enganado. Mesmo que o funcionário se motive num primeiro momento, com o tempo ele vai entender que só tem mais trabalho, pelo mesmo salário.

8. Possibilidades que nunca chegam - Adriana explica que outro fator que pode gerar grande desmotivação, apesar do objetivo não ser esse, é prometer coisas e nunca cumpri-las. Desde sinalizar uma promoção que nunca chega, até coisas menores, como uma visita ao cliente, a participação em um projeto, novos desafios e remuneração maior. Claro que inicialmente o profissional vai se motivar, mas, quando ele entender que nada acontece, a situação pode ficar muito ruim.

9. Delegar sem dar suporte - se o líder delega funções extras a um membro da equipe, é preciso que ele também dê o suporte necessário. Muitas vezes os profissionais podem sentir que não estão preparados para assumir determinadas tarefas e, se não puderem contar com o suporte do líder, o que deveria ser um fator motivacional, acaba desmotivando.

10. Delegar sem dar autonomia - o líder também deve saber que autonomia é importante para alguns profissionais. Logo, se ele delegar algumas funções, mas continuar centralizador demais, isso pode ofuscar a motivação inicial de ter assumido novas responsabilidades.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/veja-10-maneiras-erradas-de-um-gestor-motivar-sua-equipe/53471/

segunda-feira, 9 de abril de 2012

As 5 piores frases que você pode dizer para seu cliente

Ao lidar com consumidores, toda empresa precisa tomar cuidado com o que fala. Se propaga o conteúdo errado, o empreendedor pode perder o controle da situação e transformar um problema em uma verdadeira crise – principalmente agora que quase todo mundo descobriu o poder amplificador das mídias sociais.


O jornalista, autor e empreendedor em série Ron Burley listou no site da Inc. cinco das piores frases que você pode dizer na hora de atender às necessidades de um de seus consumidores. Leia com cuidado e fuja de todas elas:

1. “Essa é a política da empresa.”

Para Burley, essa é frase é o equivalente a “Você está sem sorte” e demonstra que a empresa não tem nenhum interesse na satisfação do cliente. O propósito principal é impedir qualquer tipo de diálogo. Para alguns consumidores, ela pode significar uma declaração de guerra. Segundo estudos feitos por Burley, grandes crises de empresas que se tornaram virais na internet começaram quando elas usaram essa nefasta sentença.

2. “Não há nada que possamos fazer.”

Obviamente, sempre existe algo que uma empresa possa pelo menos tentar fazer. Nenhum consumidor ficará feliz em ouvir isso depois de aguardar vários minutos em uma ligação ou depois de diversos e-mails ou mensagens trocadas no Twitter. Ele também simplesmente pode pedir o dinheiro dele de volta. E aí você perde não só uma venda mas também um cliente. Estimule que seu grupo de atendimento pense em alternativas para solucionar cada problema e recompense-os por isso.

3. “Você pode aguardar um momento?”

A maioria das pessoas vai responder com um sonoro “não”. E provavelmente vai levar a discussão para a internet, em que qualquer reclamação vira uma grande bola de neve. Se não houver alternativa, pelo menos seja específico sobre por que vai deixar o cliente esperando. Quem sabe a frustração não seja um pouquinho menor?

4. “Você precisará entrar no nosso site.”

Se, depois de um atendimento por telefone, seu cliente precisar ser direcionado para o site da empresa, não faça com que ele saia procurando o local específico. Envie um e-mail com o link da seção ou do documento que ele precisa achar.

5- “Isso é de responsabilidade do fabricante.”

Quer dizer que você se sente confortável em ganhar o dinheiro do seu cliente, mas, quando surge um problema, você prefere passá-lo adiante para o outro elo da cadeia? A relação financeira do consumidor é com você, e não com o produtor. Portanto, faça o máximo para resolver qualquer possível reclamação.

Fonte: Papo Empreendedor.

domingo, 8 de abril de 2012

Made in China: os segredos de inovação e tecnologia do país asiático

Entenda como o modelo chinês aproveita a inovação tecnológica conhecida como "copiar e melhorar" para aumentar de forma acelerada sua competitividade no cenário mundial.


É comum os ocidentais alegarem que a inovação chinesa é contraditória. De fato, a prática de "copiar e melhorar" fica no meio do caminho entre inovação e pirataria. Em resposta a essas acusações, os chineses afirmam - embora um pouco ironicamente - que o aluno deve primeiro aprender a copiar o trabalho do mestre antes de desenvolver seu próprio estilo. Afinal, se você não tem muito talento, precisa começar por algum lugar.

O grande crescimento da competitividade da China nos setores ferroviário, de construção naval e até de aviação surpreendeu alguns observadores ocidentais. Menos de uma década atrás, por exemplo, o sistema ferroviário chinês era totalmente inadequado. Hoje, há no país mais quilômetros de linhas ferroviárias de alta velocidade do que na Europa, assim como os trens comerciais mais rápidos do mundo.

No entanto, apesar do aumento considerável de sua produção de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em alguns setores, a China ainda carece de pesquisa básica e inovação radical. Mesmo assim, há um forte desejo do povo chinês em experimentar os benefícios das tecnologias inovadoras criadas no Ocidente. O fenômeno do "eu também" é um forte incentivo no desenvolvimento de novos produtos.

Nesse contexto, exitem quatro características interessantes sobre a maneira como os chineses inovam e pensam em tecnologia:

Testes no local, não no laboratório

Os equipamentos da empresa Han's Laser são um bom exemplo. Usados em aplicações como a personalização de botões, marcação de teclados de computador, etc., ela não podia testar seus produtos na própria empresa.

Assim, no começo de suas atividades, enviava um técnico ao cliente por vários meses, produzindo um relatório diário de desempenho da máquina. Quando surgiam problemas, o técnico de campo trabalhava junto à equipe de P&D na sede para encontrar soluções imediatas. Essas melhorias eram incorporadas às próximas versões da máquina. Entre 1996 e 1999, a empresa fez mais de três mil melhorias em seus equipamentos.

Testes feitos no local transformaram a fábrica do cliente em um laboratório de pesquisa, reduziram o tempo de colocação do produto no mercado e melhoraram o fluxo de caixa da Han's Laser. Quando um novo modelo era lançado, já incorporava as necessidades específicas do cliente.

Inovação com foco nos custos

Quando a China International Marine Containers (CIMC) importou uma linha de produção da Alemanha no início da década de 1990, tinha uma capacidade de 10 mil contêineres por ano. Ao longo dos cinco anos seguintes, técnicos da CIMC fizeram mudanças no processo de fabricação, aplicando tecnologias emprestadas do setor automobilístico.

Até 1996, a produção tinha aumentado vinte vezes e a CIMC era líder mundial em volume, fabricando praticamente um em cada cinco novos contêineres no mundo. Em 1997, a empresa criou seu próprio centro de P&D. Como resultado, aumentou sua capacidade, tornando-se mais rentável.

Características e funções customizadas às exigências locais

Consumidores chineses usam seus telefones móveis para inúmeros propósitos, como assistir televisão. Assim, fabricantes de celulares na China oferecem aparelhos com alto-falantes para a reprodução de áudio ou para falar em locais barulhentos. Os telefones, além de serem disponibilizados pela metade do preço dos oferecidos pelas fabricantes tradicionais, também fornecem recursos para atender às necessidades específicas dos consumidores locais.

A Haier, fabricante de eletrodomésticos, é outro exemplo da customização local. Quando um cliente da província chinesa de Sichuan se queixou de que sua máquina de lavar vivia quebrando, técnicos encontraram seu encanamento entupido de lama. Descobriu-se que muitos estavam usando as máquinas de lavar Haier para limpar batata-doce e amendoim.

Em vez de avisar aos clientes sobre o que não se deve lavar nas máquinas, os engenheiros da Haier modificaram-nas para acomodar as necessidades dos clientes. A partir de então, máquinas de lavar Haier vendidas em Sichuan contêm o aviso: "Principalmente para lavar roupas, batata doce e amendoim".

A estratégia da Haier de atender à demanda do mercado local e externo com modelos inovadores resultou em cerca de 96 categorias de produtos e 15 mil especificações. Executivos da Haier dizem que esses tipos de inovações são baratas, mas muito valorizados pelos clientes.

Inovação rápida de produto

A qualidade mais importante que caracteriza a tecnologia chinesa é a rapidez com que as empresas apresentam produtos ao mercado. Por exemplo, antes dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, operadoras de telefonia celular chinesas produziram novos modelos que lembravam o icônico estádio "Ninho de Pássaro" e o Centro Aquático Nacional "Cubo d'Água". Só em 2007, a operadora Tianyu produziu mais de 100 novos modelos.

Pensado para o futuro

Por que as empresas chinesas abordam a inovação de forma não-convencional? Por necessidade, simplesmente. Como não têm os mesmos orçamentos de pesquisa de seus concorrentes, utilizam estratégias precisas e ultradinâmicas. Do mesmo modo, sem uma identidade de marca para proteger, elas não têm nada a temer ao permitir que o cliente teste o produto. As empresas acabam ganhando e também perdendo mas, no ambiente de mercado em constante mutação na China, esse método ágil é muito eficaz e – mais importante – eficiente.

Porém, há uma desvantagem nessa abordagem. Na medida em que as empresas chinesas amadurecem, vão querer desenvolver marcas reconhecidas globalmente. A fim de inovar, como a Apple, o Google e outras empresas altamente criativas, a China deve investir mais pró-ativamente em P&D, o que, consequentemente, exige a proteção dos direitos de propriedade intelectual.

Nesse meio tempo, seria prudente que outras multinacionais tomassem nota das técnicas de inovação para mercados de massa adotadas pelas empresas chinesas. A China, que até outro dia contratava organizações estrangeiras para construir sua rede ferroviária de alta velocidade, agora concorre à licitação para contratos ferroviários nos Estados Unidos e está aumentando suas exportações de tecnologia ferroviária de alta velocidade para Europa e América Latina. É bom ficar de olhos neles...

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/made-in-china-os-segredos-de-inovacao-e-tecnologia-do-pais-asiatico/53554/

sábado, 7 de abril de 2012

Observar o consumidor vale mais do que qualquer pesquisa

Quando um empreendedor planeja lançar um produto ou serviço, a primeira coisa que deve fazer é uma pesquisa de mercado para ouvir potenciais clientes e descobrir o que eles desejam, certo?

Não para Alessandro Di Fiore, CEO da consultoria italiana ECSI (sigla para centro europeu de inovação estratégica). Para ele, as pesquisas mentem, pois os consumidores nem sempre fazem o que respondem ao pesquisador.

Por isso, a melhor estratégia para antecipar os desejos das pessoas é se colocar na pele delas, defende Di Fiore em um artigo publicado no blog da revista Harvard Business Review.

Foi o que fez, por exemplo, o empresário Mario Poletti Polegato, fundador da Geox, que fatura 900 milhões de euros fabricando e exportando sapatos que deixam o pé “respirar”.

Tudo começou na década de 1990, quando Polegato fez uma viagem aos Estados Unidos para promover a vinícola de sua família em uma feira do setor. Depois de muito bater perna, ele saiu para passear, mas logo seus pés começaram a suar e incharam. Ele não titubeou: sacou os calçados e fez alguns furos na sola para arejar. Deu certo, e ele descobriu um modo simples de resfriar os pés.

O empresário voltou para casa com aquela ideia na cabeça e, fazendo testes em uma pequena fábrica de calçados, ele descobriu uma maneira de microperfurar a sola de borracha nos pontos em que o pé mais sua sem deixá-la permeável à água que vem do solo – como a de uma poça. Patenteou a invenção e, em 1995, fundou sua empresa.

Casos como o da Geox servem como uma importante lição empreendedora, segundo Di Fiore. “Toda hora percebo que a inspiração para satisfazer uma necessidade do consumidor raramente resulta de análise de dados. O empreendedor precisa se colocar na posição dessas pessoas”, afirma.

Sua dica é observar as pessoas quando elas estão usando algum produto ou serviço e ter olho clínico para pescar frustrações antes mesmo que elas sejam detectadas pelo próprio consumidor. “Ao resolver o que frustra as pessoas e não é detectado por pesquisas, inovadores descobrem oportunidades de mercado”, explica Di Fiore.

Essa estratégia pode parecer simples, mas não pode ser conduzida por qualquer um. Esse observador precisa ser uma pessoa afiada não só em negócios e estratégia mas também alguém sensível suficiente para detectar nuances de comportamento de quem consome. Além disso, deve ser um profissional com trânsito na diretoria, pois, ao reconhecer uma oportunidade, essa pessoa precisa ter autoridade para agir rápido e mudar as ações da empresa.

“Quem quer começar um negócio bilionário não pode confiar em pesquisas de mercado e consultores para encontrar a inspiração estratégica. Pesquisa real de mercado deveria ser indispensável para todos os principais executivos de uma empresa. Eles precisam ir às ruas para observar consumidores – de preferência incógnitos – ao menos duas vezes ao ano. É assim que os empreendedores agem”, completa Di Fiore.

E você, tem prestado atenção em como os consumidores interagem com produtos e serviços que têm a ver com a sua empresa?

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Inovar: nem sempre é disso que você precisa

Querer garantir espaço no mercado surpreendendo clientes com novidades que podem ser facilmente copiadas pelos concorrentes pode ser um tiro no pé.


Depois de estrearmos a coluna na semana passada com um bem repercutido post sobre algumas das diferenças entre empreender e administrar (assunto que deveremos retomar em posts futuros, pois ainda rende muito pano para manga!), falaremos hoje sobre como não perder clientes para a concorrência (e também deixá-los ir, quando for a melhor coisa a fazer!). A pergunta que escolhemos para responder desta vez foi enviada pela leitora Shirley, que é dona de um mercadinho de bairro há quatro meses e está agora tendo de enfrentar uma concorrência agressiva, que replica tudo que ela faz.

A pergunta dela é: O que devo fazer para surpreender os clientes, pois não quero perdê-los de vista?

Pois bem, Shirley. Em 1871, um professor de matemática escreveu um livro que descrevia uma situação muito parecida com a sua. Nele, uma menina chamada Alice corria junto com uma rainha. As duas correram, correram, até a menina não aguentar mais.

Para seu espanto, quando olhou em volta, Alice percebeu que continuavam embaixo da mesma árvore e comentou com a rainha: "No nosso país, quando corremos muito, costumamos chegar a algum lugar." Ao que a rainha respondeu: "Aqui, você tem que correr o mais rápido que pode para continuar no mesmo lugar. Se quiser ir a alguma outra parte, tem que correr duas vezes mais rápido."

Graças a filmes e desenhos, muitos já ouviram falar das aventuras de Alice no País das Maravilhas, escritas por Lewis Carroll. Poucas pessoas sabem que Carroll, na verdade, era o nome usado por um certo Charles Dodgson, que aproveitou seu conhecimento em matemática para rechear sua famosa obra de verdadeiras "aulas".

O efeito rainha vermelha já foi chamado por diversos outros nomes por diferentes autores, mas gosto de chamá-lo assim pela facilidade com que a situação me vem à mente. De um lado, uma menina correndo como uma louca para chegar a algum lugar. De outro, um mundo que se recusa a cooperar com esse objetivo.

E é exatamente essa a situação que você nos descreve. A cada movimento seu, a concorrência se ajusta. Pelo que você nos conta, a cada coisa que você faz, é imitada pela concorrência. Você corre e se sente no mesmo lugar. Como a Alice da história, se sente cansada e ultrajada por um mundo que te provoca, levando-a sempre ao mesmo lugar.

O primeiro conselho, portanto, é fazer exatamente o oposto: pare de correr. Pare de tentar superar a concorrência com base em uma ou outra inovação. Principalmente, pare de querer surpreender seus clientes e pare de pensar em perdê-los de vista.

Agora que você parou, respire um pouco.

Não é a inovação constante que vai fazer os clientes virem até você. Muito menos aquelas inovações fáceis de serem vistas e copiadas por concorrentes. Esse tipo de inovação só fará você gastar dinheiro. É como a companhia aérea que começa a oferecer programas de milhas e lanches em suas viagens. Assim que os concorrentes passam a oferecer os próprios programas de milhas e lanches, começamos a ouvir reclamações de clientes sobre como o lanche da empresa é ruim, como o site de prêmios é complicado, e assim por diante. Nunca espere que um cliente fique grato por uma ou outra inovação.

Como o exemplo das companhias aéreas mostra, o tiro pode sair pela culatra. As empresas aéreas gastam dinheiro com lanches e milhas, e ainda deixam seus clientes bravos e insatisfeitos. Quer destino mais cruel para algo que já foi considerado uma inovação?

O questionamento que você deve se fazer, agora que parou de correr, é o que exatamente quer oferecer com o seu estabelecimento. Seu foco será na facilidade dos clientes? Em produtos diferenciados, difíceis de encontrar? Em preços mais baixos? O que seus clientes realmente querem quando vão até você, e não até a sua concorrência?

Você não deve buscar, então, apenas uma ou outra mudança. Pense naquelas empresas que chamam ou chamaram sua atenção em uma ou outra ocasião. Grandes empresas não oferecem uma ou outra coisa, olhando para todos os clientes possíveis e se preocupando com cada movimento da concorrência. Grandes empresas oferecem um conjunto de coisas. Elas não se tornam diferentes por uma ou outra inovação, mas sim porque oferecem uma experiência a determinado tipo de cliente.

Ao fazer isso, você estará escolhendo quais clientes irá atender cada vez melhor. Por outro lado, também estará escolhendo quais clientes mandar para a concorrência. Ninguém pode ser tudo para todo mundo, e na hora em que você parar de tentar vai sentir a concorrência se distanciar. Vai sentir o conjunto de mudanças fazer efeito e deixará a árvore para trás.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/inovar-nem-sempre-e-disso-que-voce-precisa/62348/

quinta-feira, 5 de abril de 2012

5 dicas para lidar com a concorrência

Shutterstock


Por mais inovador que seja um modelo de negócios, ninguém nunca está sozinho no mercado. Mas, em vez de encarar a concorrência como um exército inimigo, talvez seja melhor analisá-la sob um ponto de vista mais racional. Afinal de contas, diferentemente de gladiadores lutando pela vida, competidores não são nada mais do que forças empreendedoras diferentes em um mesmo segmento. Para ajudar lidar melhor com esse fluxo de interesses, Matthew Torren, colunista do blog Young Entrepreneur, sugere cinco passos básicos.

1. Conheça seus adversários

Faça uma pesquisa sobre o perfil da concorrência no mercado e analise friamente seus maiores erros e acertos. Concentre essa análise em pontos como presença on-line, produtos, serviços e tempo de existência. Esse é o passo inicial para definir quais serão os seus diferenciais.

2. Evite guerras de preços

Não existem vencedores em competições de derrubadas de preços. Você pode até obter vantagens caso tenha uma oferta mais atraente. Mas isso é diferente de desvalorizar o seu produto e comprometer o fluxo de caixa.

3. Aprenda com exemplos ao seu redor

Observe cases inspiradores em sua área e tente incorporar as estratégias que possibilitaram o sucesso dessas empresas. O mesmo vale para os erros cometidos, que podem servir de alerta para evitar a repetição deles.

4. Seja ético

Entenda que a concorrência é formada por outros empreendedores, que assim como você, estão apenas buscando um lugar ao sol para suas empresas. Fique atento às possibilidades de sinergias, pois competidores podem virar parceiros de um dia para o outro. Nada é mais valioso do que uma reputação sólida.

5. Fique atento

Respeito é essencial. Mas também é importante saber se impor frente a concorrentes inescrupulosos e predatórios. Nesse caso, saiba equilibrar uma postura ética com iniciativas mais combativas.

Fonte: Papo Empreendedor.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Você sabe quais os maiores erros ao elaborar um plano de carreira?

Um erro básico, mas que usualmente é cometido, é quando o profissional não faz um trabalho de autoconhecimento.


Os profissionais já entenderam que para aumentar as chances de ter uma carreira de sucesso é preciso elaborar, o quanto antes, um plano de carreira. Embora reconheçam que esse é um elemento fundamental, nem todos sabem quais os maiores erros ao desenvolver um plano de carreira.

Um erro básico, mas que usualmente acaba sendo cometido, é quando o profissional não faz um trabalho de autoconhecimento para elaborar seu plano de carreira. De acordo com o diretor-geral da Elevartis, empresa de coaching, Guilherme Rego, muitos profissionais sofrem na sua profissão por não terem escolhido a área que melhor se encaixa ao seu perfil.

Qual o seu perfil?

Se a pessoa é altamente extrovertida e acaba ocupando uma posição burocrática, que exige uma atuação mais solitária, o resultado não tende a ser positivo. Portanto, antes de sentar e definir suas metas, ou seja, aonde você quer chegar na sua carreira, saiba quem você é e qual é o seu perfil.

Para isso, o coach recomenda o teste de personalidade Mbti (Indicador de Tipo Myers Briggs - na sigla em inglês). Essa ferramenta não é usada para reconhecer as competências do profissional, mas sim para identificar as preferências de personalidade. Ou seja, se é uma pessoa mais extrovertida ou introvertida, mais sensitiva ou intuitiva, por exemplo.

O coach, inclusive, faz um paralelo com o mundo dos investimentos. Mesmo que a pessoa tenha a intenção de se tornar um investidor, ele deve conhecer que tipo de investidor ela é, ou seja, tem um perfil mais agressivo ou moderado?

Decisão de carreira

Não importa a ferramenta que utilize, o essencial é entender suas preferências comportamentais. Isso é importante, inclusive, para definir por qual carreira seguir. Para a consultora da Leme Consultoria, Márcia Pereira, esse é justamente o momento no qual os principais erros de carreira acontecem.

“Muitas pessoas escolhem uma carreira, fazem a faculdade e só vão se dar conta que não gostam da área quando já estão no mercado de trabalho, o que gera muita frustração”, diz a consultora. Para evitar essa situação, além do autoconhecimento, a pessoa deve ter o máximo de conhecimento sobre a profissão que pretende seguir.

Pensando no plano de carreira, é possível compreender que a tarefa não é tão simples quanto parece. Apenas definir objetivos, ou seja, qual posição você quer ocupar em determinado tempo, é superficial demais. A dica, portanto, é se conhecer melhor.

Objetivos viáveis

Mas os problemas não param por ai. Outro erro comum ao elaborar um plano de carreira é ser agressivo demais em relação às suas metas. Se você quer ser o presidente de uma multinacional, saiba que isso vai levar tempo, nada vai acontecer do dia para noite. Embora metas grandes sejam estimulantes, elas não devem extrapolar a realidade e devem ser muito bem sustentadas.

Isso nos leva ao próximo erro: definir metas, mas não definir como chegar lá. Qualquer posição que se deseje, o profissional precisa ter uma série de competências, conhecimentos, habilidades e experiências. Logo, se para ser o diretor de uma empresa você precisa de inglês fluente e um MBA internacional, não adianta definir como meta, se não fizer o que é preciso para chegar lá.

“As metas propostas no plano de carreira devem ser factíveis e é preciso correr atrás para chegar lá”, analisa Rego. Lembre-se que quanto mais alto o cargo, mas concorrida é a posição, ou seja, você vai disputar a mesma vaga com muitos profissionais que passaram os últimos anos se aprimorando.

A fórmula, portanto, é simples: é preciso se conhecer, entender o que você precisa para chegar aonde quer e fazer os cursos que o permitam chegar lá. Nesse percurso, ainda é preciso ir ajustando seu plano de carreira. Mais um erro comum, segundo Rego, é “não considerar as variáveis externar e não fazer os ajustes de tempos em tempos”, afirma.

Networking

Um plano de carreira deve considerar todos os elementos do mundo corporativo. Se o networking é um deles, esquecer de considerá-lo também pode ser um problema. De acordo com Márcia, mais do que realizar cursos e obter experiência na área, o profissional deve entender que os contatos podem fazer muita diferença, inclusive, acelerando a carreira.

No plano de carreira os profissionais erram ao esquecer de considerar a devida atenção que precisarão dar, em sua trajetória profissional, a esse elemento. Os contatos são importantes para entender como o mercado está se comportando e conseguir vagas que dificilmente conseguiria sem determinados conhecidos. “No mundo corporativo, todo mundo se conhece. Quando surge uma vaga é importante que alguém pense em você para assumir a posição”.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/voce-sabe-quais-os-maiores-erros-ao-elaborar-um-plano-de-carreira/53588/

terça-feira, 3 de abril de 2012

Os segredos das marcas mais confiáveis

Getty Images


Mesmo não tendo as maiores receitas ou a fatia de mercado mais expressiva, as empresas mais confiáveis do mercado são aquelas que criaram relacionamentos com consumidores com base em experiências emocionais poderosas. Essa é a conclusão de um estudo que a revista Entrepreneur realizou em parceira com a empresa de pesquisa Values Institute. Foram entrevistados 1.220 consumidores norte-americanos, que apontaram as marcas em que mais confiavam.

A publicação levantou os segredos dessas empresas. Da compra personalizada da Amazon à experiência cool da Apple, essas companhias elegeram práticas que levam o cliente a ter uma ligação forte (e bastante lucrativa) com a marca. Confiram as atitudes vencedoras.

1. Leve para o lado pessoal: Amazon. A empresa oferece uma variedade de milhões de itens, com ferramentas de busca inteligentes e avaliações de usuários. Para cada cliente, traz recomendações de compras e sugestões de produtos complementares ao que o freguês já adquiriu. Há também listas de desejos.

2. Venda felicidade: Coca-Cola. Desde a sua criação, a marca tem a missão de deleitar seus consumidores. Todas as ações são baseadas no princípio de promover e criar felicidade, e isso passa por todas as formas de contato com o cliente, da página no Facebook às vending machines.

3. Cumpra suas promessas: FedEx. Além de fazer as entregas no prazo correto, a empresa deixa claro que sabe que sua atividade não é só uma questão de logística: os objetos que ela transporta contêm os tesouros e os futuros das pessoas, e isso tem significado para todos.

4. Mantenha-se descolado e divertido: Apple. Qual outra empresa causa tanta ansiedade quando vai lançar produtos? Os clientes esperam sempre que a marca traga-os algo bonito e funcional, que irá melhorar a comunicação entre pessoas. As lojas da Apple passam uma sensação de colaboração e transparência entre os clientes e os vendedores.

5. Crie uma experiência de design: Target. Com campanhas estilosas e colaboração com grandes designers, esse gigante do varejo não se contenta em ser uma loja de preços baixos. Os pontos de venda têm disposição intuitiva e amigável, dando ao cliente a sensação de que ele sempre vai encontrar o que procura.

6. Mantenha-se consistente: Ford. A história da empresa e de sua linha de montagem é conhecida de todos, e o nome do seu fundador, Henry Ford, se mantém sempre vivo. A companhia ressalta suas preocupações com responsabilidade pelos empregados e pelos clientes.

7. Propague a atitude pró-ativa: Nike. As mensagens inspiradoras conectam a marca ao cliente. Dessa forma, a empresa faz contato não só com os atletas mas com qualquer pessoa. O desenvolvimento de produtos é uma das maiores forças da empresa, já que os clientes ligam a inovação à excelência na área.

8. Crie conexões: Starbucks. Depois de um período turbulento, a rede reforçou uma de suas especialidades: reunir pessoas. Do ambiente wi-fi à música ambiente e às mesas de reunião, tudo é desenvolvido para promover a interação.

9. Sirva o inusitado: Southwest Airlines. A companhia aérea não economiza na personalidade. Os comissários de bordo cantam as demonstrações de segurança e o assento é de livre escolha do passageiro. A cultura corporativa é energética e única, mas a gestão é eficiente e econômica.

10. Concentre-se no cliente: Nordstrom. Existem até mitos sobre o atendimento ao cliente fantástico que essa rede de magazines tem. Diz-se que uma loja aceitou graciosamente a devolução de pneus, sendo que jamais vendeu esse produto. A empresa não oferece os preços mais baixos do mercado, mas mantém até o hábito de mandar cartinhas de agradecimento aos clientes após uma compra.

Fonte: Papo Empreendedor.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Trabalho sob pressão: organização é a chave para lidar com problema

A organização é o elemento fundamental, pois é o que vai permitir a análise do cenário e avaliação dos recursos disponíveis.


Os prazos são curtos, os recursos são escassos e os clientes, extremamente exigentes. Em um mundo competitivo, dinâmico e que nunca para, trabalhar sob pressão faz parte do negócio. Embora não seja possível eliminar esse componente característico do mercado de trabalho, há muito que fazer para suavizá-lo.

Primeiramente, vale esclarecer o que é trabalhar sob pressão. “Nada mais é do que você conseguir trabalhar de forma organizada, cumprir seus prazos – sem se deixar influenciar por coisas externas e entregar com qualidade”, explica o gerente-geral da Dasein Executive Search, David Braga.

Mas como fazer isso? O especialista acredita que uma das principais estratégias para reduzir a pressão no trabalho é a organização. Profissionais responsáveis por muitas atividades e que precisam tomar diversas decisões precisam saber muito bem se organizar e priorizar as demandas.

“É preciso parar e analisar todo o contexto. Inclusive, se você tem recursos e tempo hábil para entregar as demandas”, explica Braga. Nessa análise, o profissional deve observar quais são suas fraquezas e quais são seus pontos fortes e, em relação às demandas, deve analisar onde estão as chances de ocorrer mais problemas e erros.

Quanto mais claro for o cenário para o profissional em relação ao tempo, recursos, pontos que geram problemas, mais fácil será tomar decisões. Isso também ajuda o profissional a dizer alguns “nãos”, por exemplo.

Saber dizer não

De acordo com o especialista, quando o profissional não é organizado, ele vai aceitando todas as demandas que chegam, todos os pedidos dos clientes, dificilmente recusando uma tarefa. O problema é que essa atitude é justamente o que vai levá-lo a ter de lidar com prazos impossíveis, sem os recursos suficientes.

“O trabalho sob pressão é muitas vezes o resultado do acúmulo de tarefas e da desorganização profissional”, diz Braga. Muitos profissionais, porém, mesmo sabendo da escassez de recursos e tempo, evitam dizer não, por medo do chefe ou de perder o cliente.

Para Braga, as empresas não querem profissionais que só digam “sim” para todas as demandas. Elas querem aqueles que saibam analisar o contexto – disponibilidade de pessoa, dinheiro e tempo – e possam argumentar sobre as limitações. E a organização é o elemento fundamental, pois é o que vai permitir a análise do cenário.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/trabalho-sob-pressao-organizacao-e-a-chave-para-lidar-com-problema/53697/

domingo, 1 de abril de 2012

Desvendando o Código da Liderança

As fórmulas para se tornar um bom líder funcionam? O que dizem os psicólogos e sociólogos? Quais as principais teorias e pesquisas já realizadas? Descubra conosco.


Em novembro, Sir John Robert Madejski trocou o terno e a gravata por uma bata de hospital e encarou uma longa sessão de ressonância magnética na Universidade de Reading, na Inglaterra. Os médicos fizeram uma varredura de seu cérebro. Cada detalhe da massa cinzenta do empresário foi escaneado enquanto ele era convidado a responder perguntas que simulavam decisões de negócios. Em tempo: Madejski é um dos homens mais ricos do mundo e dono de redes de hotéis, restaurantes, revistas e ainda empresta seu nome a um estádio de futebol. E não, ele não está doente. Ele se submeteu aos exames por outra razão: ajudar uma equipe de psicólogos, neurologistas e especialistas em liderança a descobrir quais mecanismos cerebrais diferenciam as pessoas comuns dos grandes líderes.

Não é primeira vez que a ciência tenta desvendar os mistérios da liderança. Desde que a palavra líder (do inglês to lead, que significa guiar, conduzir) entrou para o nosso vocabulário, na segunda metade do século XIX, neurologistas, psicólogos e sociólogos tentam entender a tal capacidade que algumas pessoas têm de guiar outras, influenciando-as com suas ideias. A liderança seria um talento natural ou resultado de um árduo aprendizado? Como devem agir os líderes? Como as mudanças da sociedade influenciam quem está no comando? Essas são algumas questões que, há tempos, intrigam os pesquisadores...

Da teoria à prática

As opiniões sobre liderança nunca foram unânimes. Por exemplo, o sociólogo alemão Max Weber afirmava que alguns indivíduos eram dotados de uma personalidade extraordinária, com qualidades incomuns, que os diferenciava dos demais. Eram os chamados líderes carismáticos, donos de uma espécie de conhecimento mágico. Entre eles, Weber destacava os heróis de guerra, profetas e feiticeiros. Já Sigmund Freud avaliou o papel do líder nas relações humanas. Para o austríaco, esse ocupa o papel do pai, enquanto os liderados são os filhos. Sua grande missão é organizar as vidas em busca de sentido.

No século 19, os estudos sobre liderança defendiam que essa era uma qualidade natural e que jamais poderia ser aprendida. Tal linha de pensamento ficou conhecida como a Teoria do Grande Homem e citava os reis e príncipes como exemplos de líderes natos. O dom da liderança, segundo essa visão, era transmitido de geração a geração, por laços de sangue, sendo comum em famílias de aristocratas. Assim, indivíduos com talento para liderar raramente seriam encontrados nas camadas baixas da sociedade.

Mais tarde, psicólogos partiram para outra abordagem da liderança. Dedicaram-se a analisar o perfil dos grandes líderes a fim de encontrar características comuns entre eles. Essas pesquisas deram origem às teorias dos Traços de Personalidade, que se empenhavam em listar as características que podem levar alguém a ocupar um posto de comando. Entre as principais, estão tolerância ao estresse, autoconfiança, bom relacionamento interpessoal e capacidade de aprendizado.

Com o tempo, a crença de que só existem líderes natos ficou para trás. Ganhou, então, espaço a ideia de que é possível, sim, forjar um líder. Para isso, bastaria observar as atitudes de quem sabe liderar e aprender com elas. Hoje, não faltam livros, manuais, cursos e treinamentos que tentam ensinar aos candidatos a líder o passo a passo para comandar com sucesso. E cada autor tem uma fórmula. Peter Northouse, em seu livro Leadership: Theory and Practice, explica que, para ter sucesso nesse papel, é preciso aprimorar as capacidades de resolver problemas, de julgamento social e o conhecimento. "Juntas, essas habilidades formam o coração da liderança efetiva", diz o autor.

Já David Ulrich, professor de Management na Ross School of Business da Universidade de Michigan e autor de o Código da Liderança (título designado para essa reportagem), enumera quatro atitudes que considera fundamentais para os líderes de sucesso: proficiência pessoal (ser capaz de controlar o próprio estresse e de conhecer-se), estratégia (planejar o futuro e compartilhar sua visão com os demais), execução (fazer as mudanças acontecerem), gerenciar talentos (cuidar dos empregados, comunicar-se com eles e orientá-los), desenvolver o capital humano (construir talentos que, no futuro, beneficiem a organização). "Entre 60 a 70 por cento das características que fazem de alguém um líder de sucesso podem ser agrupadas nessas cinco áreas", diz ele, em entrevista à revista Administradores.

O poder das circunstâncias

George Kohlrieser, diretor do Programa de Liderança e Comportamento Organizacional no prestigiado IMD (International Institute for Management Development), defende que liderança não é um talento nato e, sim, uma capacidade que pode ser desenvolvida. "Ela costuma ser melhor aprendida durante infância, a partir de modelos positivos, ou quando o indivíduo tem uma história de vida que incentiva a boa liderança", afirma o especialista. "Além disso, a necessidade e as circunstâncias também podem contribuir para formar bons líderes", diz ele.

Exemplos de líderes forjados pelo contexto não faltam na literatura e no cinema. Do Rei Arthur a Spartacus, de Robin Hood a Joana D'Arc, as histórias se repetem: o herói que desconhece seu poder é chamado à luta e acaba por liderar multidões. Na vida real, um exemplo clássico é o de Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos de 1933 a 1945. À frente da Casa Branca, ele encarou nada menos do que a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Seus biógrafos e admiradores não cansam de exaltar seu talento para liderança e sua personalidade marcada pela autoconfiança, equilíbrio e companheirismo. Para muitos, as características que fizeram dele um grande líder teriam sido aprimoradas em sua luta contra a poliomielite, doença que contraiu aos 39 anos e que comprometeu sua capacidade de movimento.

As circunstâncias adversas, por sinal, são essenciais na hora de avaliar a capacidade de liderança. Quando o imprevisível dá as caras e todos os fatores estão contra o grupo, muita gente se pergunta: como comandar com sabedoria? "Nessas horas, o mais importante é manter uma atitude positiva, procurando por oportunidades à sua volta. Os grandes líderes fazem isso: eles estão incansavelmente buscando meios de aprender com as crises", explica George Kohlrieser. Segundo ele, nesses momentos, é preciso também inspirar confiança, envolver todos na solução do problema e não abrir brecha para o desespero. "A pior atitude é se deixar controlar pelo medo e se tornar negativo. Isso impede o aprendizado e pode levar a mal entendidos e à perda de confiança", afirma.

Nas crises ou fora delas, a qualquer tomada de decisão, os líderes correm um risco constante: errar. Mas, calma lá!, não estamos dizendo que não se pode errar. Todos têm o direito de cometer erros. Mas quem está no comando só pode se enganar até certo ponto. "Os grandes erros estão ligados ao descontrole emocional e a atitudes muito radicais. São comuns quando a pessoa observa apenas a crise e o momento, deixando de ter uma visão sistêmica. Por isso, no caso de uma crise, é importante analisar a decisão, onde ela irá impactar e quais oportunidades ela poderá trazer", explica Artur Diniz, fundador e CEO da Crescimentum e autor do livro Líder do Futuro - a transformação em líder coach. E, se mesmo assim um erro for cometido, vale colocar em prática o que diz George Kohlrieser: "Os melhores líderes aprendem muito mais com seus erros do que com seus acertos, desde, é claro, que os erros não se repitam e que a pessoa realmente aprenda a lição."

O fator humano

Educação, personalidade, circunstâncias, crises, erros e acertos. Tudo isso conta na formação de um líder. Mas, talvez, nenhum fator seja tão importante quanto as relações humanas. Afinal, o modo de se relacionar com os liderados pode ser determinante para o sucesso ou não de uma liderança. Nesse quesito, o primeiro alerta dos especialistas é ficar atento às mudanças que marcaram a sociedade e, assim, evitar seguir modelos de liderança que estão ultrapassados. "Há mais de 30 anos, quando meu pai liderava a empresa, ele vivia numa sociedade em que o homem mandava e a mulher e os filhos obedeciam. As pessoas eram, por isso, treinadas para obedecer. O líder de sucesso era aquele autoritário, que sabia mandar e nunca era questionado", conta Artur Diniz.

As relações familiares mudaram – mulheres passaram a trabalhar, o homem deixou de ser o chefe da casa e o diálogo começou a ser visto como o melhor caminho para a tomada de decisões. Segundo Artur Diniz, essa transformação da sociedade se refletiu nas organizações, influenciando diretamente a relação entre chefes e subalternos. "Em casa, as crianças são treinadas a questionar, a argumentar e a não aceitar ordens sem uma razão clara. Isso se refletiu nas relações de trabalho, onde as pessoas já não aceitam mais o líder que manda, grita e exige que todos obedeçam sem abrir espaço para o diálogo", explica o especialista.

Líderes déspotas e autoritários ficaram para trás. Distribuir ordens aos gritos, impor decisões, esconder informações também são atitudes do passado. E não adianta ir contra a maré. Quem sabe, no futuro, os dados coletados pelos pesquisadores da Universidade de Reading confirmem isso e apontem o novo caminho: visão e inspiração diferenciam um grande líder dos demais. "Os grandes líderes têm visão. E ter visão é se preocupar em transformar os indivíduos, o time, a organização e o mundo num lugar melhor. Dessa maneira, eles inspiram os outros a enfrentar o que for necessário para alcançar os objetivos", afirma George Kohlrieser.

Você, líder

Faça uma autoavaliação

No time de futebol, no grupo de amigos, na família, no lazer... Em qualquer grupo há espaço para líderes. Segundo David Urlrich, quem está no comando deveria fazer um simples exercício diário para avaliar como tem se saído. "Separe dez minutos do seu dia e pergunte a si mesmo: você tem consciência de quem está liderando e de como suas ações afetam essas pessoas? Você está se tornando um líder melhor com o tempo? Está cumprindo os planos que traçou?", aconselha o especialista.

Aprenda a reconhecer um ditador

Cada líder tem um estilo próprio, mas, dependendo da maneira como age no dia a dia, pode ser classificado como democrata, burocrata ou ditador. Chefes abertos ao diálogo e que costumam ouvir o que os funcionários têm a dizer fazem parte do primeiro grupo. Já aqueles que seguem ao pé da letra uma metodologia estão mais próximos dos burocratas. Os ditadores, por sua vez, são inconfundíveis. Eles se recusam a ouvir os demais, não aceitam erros e não admitem que suas decisões sejam questionadas.

Os reis da escola

Em 1998, uma pesquisa americana com 160 estudantes identificou alguns traços comuns na personalidade daqueles que se tornavam líderes. Os jovens mais dominantes, confiantes na própria capacidade e inteligentes eram frequentemente identificados como líderes por seus colegas. Esses traços, segundo os pesquisadores, não garantem que um jovem irá se tornar um líder, mas indicam uma forte possibilidade de isso ocorrer.

Dois passos para ser um líder melhor

David Ulrich, autor do Código da Liderança e considerado uma das maiores autoridades mundiais em gestão de recursos humanos, dá mais dois conselhos para quem está na invejada e desafiadora posição de comando.

Pense...

"Os líderes raramente pensam sobre liderança e não desenvolvem seu próprio ponto de vista sobre o assunto. É preciso se perguntar: que valores você quer enfatizar, que potenciais você tem a oferecer, que experiências o levaram a esta posição e, o mais importante, como você está criando valor para outras pessoas. Sem esse último item, não se pode ser um líder de sucesso."

... e se comunique

"Para uma mudança dar certo, o segredo está na comunicação. Um líder não pode esperar ser seguido sem comunicar às pessoas os seus planos e qual papel delas nas mudanças que estão a caminho. E um detalhe: a mensagem deve ser repetida de cinco a seis vezes, pelo menos, para que seja realmente absorvida."

Esta reportagem foi publicada originalmente na revista Administradores. Veja os destaques da última edição.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/desvendando-o-codigo-da-lideranca/53661/